Mãe de três, 39 anos de idade, um sorriso encantador e uma trajetória cheia de sonhos por realizar. Esta era Daiani Ramos de Oliveira Nobre, que morreu eletrocutada na tarde de segunda-feira (24) enquanto limpava a calçada de casa com um lava jato em Joinville, no bairro Comasa. A filha da mulher, de 14 anos, presenciou o acidente doméstico.
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Jean Nobre, de 28 anos, que viveu ao lado de Daiani por uma década, diz que vida da esposa foi dedicar-se a ele e aos filhos: duas meninas de 20 e 14 anos e o bebê, de 2. O mais novo, inclusive, é fruto do casamento com Jean e, recentemente, foi diagnosticado com autismo.

O processo de acompanhamento profissional da criança ainda estava em fase inicial e, para dar mais amparo ao menino, o esposo conta que saiu do serviço e passou a trabalhar apenas à noite, como motoboy. Já Daiani, além de cuidar da família, também era autônoma e atuava meio período como manicure para ajudar no sustento porque, além de custear exames médicos do filho, o casal pagava aluguel.
— Era a a melhor mãe do mundo a melhor, sempre carinhosa, atenciosa e extrovertida. Nós sempre falávamos que nós era por nós. Eu por ela e as crianças, e ela por mim e as crianças — define Jean, que busca forças para suportar a ausência da companheira.
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Para ajudar com os gastos do funeral da esposa e também auxiliar no custeio das necessidades básicas da família, Jean lançou uma vaquinha. Quem puder contribuir, basta doar qualquer valor para o PIX do esposo, que é o CPF: 09757234990.
Mulher que não media esforços pelo bem de quem amava
Daiani foi sepultada na quarta-feira (26) e a despedida contou com a presença de diversos conhecidos e familiares que lamentam a morte precoce e fatal da mulher.
Suzana Marina, amiga pessoal de Daiani há 12 anos, conta que ela era uma pessoa dedicada e batalhadora. Com amor e capricho, atuou como manicure e teve até o próprio carrinho de lanches para ajudar no sustento da família.
Como mãe, a define como uma pessoa que não media esforços para proporcionar o bem estar aos filhos. Como amiga, a coloca como alguém com quem podia-se contar.
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— A Dai era uma pessoa incrível. Foi uma amiga que, sempre que precisei, me estendeu a mão. Vou lembrar dela sempre com aquele sorriso encantador de menina mulher — descreve Suzana.
A amiga ainda diz que, mesmo nos momentos mais difíceis, quando lutou contra a depressão, Daiani não parou de lutar. Com apoio de Jean, deu a volta por cima e voltou a sorrir quando nasceu o filho caçula.
Para Suzana, a partida da manicure foi uma “perda lamentável” para todos que tiveram o prazer de cruzar com ela durante sua passagem pela terra.
— Só me resta orar a Deus para que dê o descanso que ela merece e conforte seus familiares, principalmente a filha que presenciou essa fatalidade — afirma.
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Perícia vai detalhar morte de mulher
A Polícia Civil aguarda o resultado da perícia produzido pela Polícia Científica de Joinville que vai detalhar o que motivou o choque elétrico que matou Daiani enquanto usava um lava jato em casa. A princípio, se trabalha com a hipótese de morte acidental, informou o órgão ao g1 na quarta-feira (26).
Daiani Ramos de Oliveira Nobre morreu na última segunda-feira (24) após tomar um choque elétrico em um lava jato enquanto lavava a calçada de casa. A filha dela, de 14, presenciou o momento. Segundo a Polícia Militar, ao ouvir os gritos de socorro da adolescente, um vizinho, que morava na casa de trás, pulou o muro e se deparou com a mulher já caída no chão.
Enquanto a ambulância do Samu não chegava, segundo o relato do vizinho à polícia, outros moradores do bairro, ao verem a situação, se juntaram ao homem e tentaram reanimar a vítima.
Quando os socorristas chegaram, deram continuidade ao trabalho, mas a morte foi constatada em seguida. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) onde passou por perícia. Não há data para divulgação do resultado dos exames.
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