Um ano e sete meses após o assassinato bárbaro da menina Luna Gonçalves, de apenas 11 anos, a mãe e o padrasto da garota vão sentar no banco dos réus. O júri popular está marcado para esta quinta-feira (16), a partir das 9h, no Fórum de Timbó, cidade onde ocorreu o crime.
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Fabiano Paulo Felisbino e Tania Cristina da Silva Bonet são acusados por homicídio qualificado por ter sido praticado por motivo fútil e torpe, com meio cruel, sem possibilidade de defesa, e por se tratar de feminicídio. Eles respondem ainda por estupro de vulnerável, tortura, cárcere privado e fraude processual.
A mãe é ré também por autoacusação falsa.
A sessão será aberta ao público, mas tem limitação de espaço. Além dos réus, outras cinco testemunhas serão ouvidas ao longo do dia. O casal está preso desde o dia 15 de abril de 2022.
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Relembre o caso
A polícia concluiu que o padrasto de Luna foi até a escola da menina por volta das 15h30min do dia 13 de abril, para tentar transferi-la e não conseguiu. Ele voltou para casa frustrado e começou a agredir a menina com socos, chutes, cotoveladas e um objeto para domar cavalo, que deixou marcas no corpo.
As agressões aconteceram até ela ficar desacordada.
Professor de artes marciais, Fabiano saiu para dar aula e quando voltou continuou as agressões, que resultaram na morte da criança. Por volta da meia-noite, o casal chamou o socorro afirmando que ela havia caído de uma escada, mas Luna já estava sem vida.
Segundo os promotores, após a morte, a mãe e o padrasto apagaram a memória dos próprios celulares, e ainda limparam e reorganizaram a cena do crime.
De acordo com a investigação, os professores da garota começaram a desconfiar da situação de violência que ela sofria em casa, o que motivou o pedido de transferência. A menina ficou todo o mês de abril fora do colégio.
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O Ministério Público diz que o laudo cadavérico indicou que ela foi estuprada. A Polícia Civil, por sua vez, afirmou que o padrasto foi o único homem que teve contato com a criança naquele mês.
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