Quando o filho nasce, tudo o que a mãe mais quer é poder pegá-lo no colo e acariciar. Mas para Nádia Cristina Gaedke esse primeiro encontro com a caçula precisou ser postergado e só ocorreu 15 dias após o parto. É que durante a internação em um hospital de Jaraguá do Sul, a gestante teve de passar por uma cesárea de emergência e ser transferida às pressas para Blumenau com suspeita de leucemia.
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A expectativa da chegada do bebê se tornou angústia, que só passou quando a mãe pôde finalmente ter a filha nos braços. O encontro pele na pele foi promovido pela equipe do Hospital Santo Antônio, onde a paciente começou o tratamento contra o câncer. Um vídeo mostra o alívio de Nádia ao pegar a pequena Lorena no colo.
A mãe, moradora de Schroeder, não conteve as lágrimas de felicidade.
— A gestação na vida de uma família traz expectativas relacionadas ao momento do nascimento, do primeiro contato, de estar perto fisicamente. Para Nádia, esta vivência idealizada foi interrompida, sendo necessário ressignificar este momento — explica Tamara Furlan Capelin, psicóloga residente no HSA.
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Assista ao encontro
Um susto
A gestação estava na 34ª semana quando a mulher precisou ser internada e os médicos desconfiaram que ela estava com leucemia e decidiram pela cesárea. Logo após a cirurgia, Nádia foi levada para Blumenau e a bebê ficou internada no hospital em Jaraguá do Sul. Durante os primeiros dias da mãe no HSA, um painel de fotos chegou a ser montado com forma de aproximá-la da pequena que fisicamente estava longe.
Como a internação começou a se alongar, a equipe do serviço de psicologia percebeu que trazer Lorena para a mãe conhecer seria um alento para Nádia num momento tão difícil. O encontro ocorreu no dia 9 de junho, mas só foi divulgado agora, com a autorização da família e com a chegada da tão esperada alta da paciente.
Nádia deixou o Hospital Santo Antônio na semana passada, após um mês de internação.
Finalmente a pequena Lorena tem a mãe em casa. Felicidade completa ao lado dos outros três filhos – Isa, Filippe e Lorenzo – e do marido. Nádia segue o tratamento quimioterápico com visitas frequentes ao hospital em Blumenau.
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