A mãe da vigilante Alessandra Mendes, morta a tiros pelo ex-marido em um hospital de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, irá receber $ 80 mil por danos morais, após recurso concedido pelo Tribunal de Justiça do Estado. O crime ocorreu em 2010.
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O valor deve ser pago pelo Estado de Santa Catarina e a Associação Hospitalar Lenoir Vargas Ferreira, administradora do Hospital Regional do Oeste (HRO), onde Alessandra Mendes estava quando foi baleada com cinco tiros pelo ex-companheiro.
A mulher estava em observação na unidade hospitalar, após ter sido agredida pelo mesmo homem durante o trabalho, no dia anterior. Na ocasião, ele levou a arma da mulher, que era vigilante.
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Ao g1 SC, a associação informou que vai recorrer da decisão ao Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Recurso
Quando a associação hospitalar e o governo foram condenados a indenizar os filhos da vigilante, a sentença havia negado o recebimento de valores pela mãe de Alessandra, já que tinham pouca proximidade. Foi a avó quem criou a vítima desde bebê, informou o TJSC.
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A mãe, no entanto, recorreu da decisão. O desembargador relator mudou de entendimento, conforme a decisão, após os autos comprovarem que o distanciamento foi provocado por fatores “que vão muito além de simples rejeição”, como gravidez precoce, pobreza e maternidade solitária.
Entenda o caso
O crime ocorreu na tarde de 9 de maio de 2010. Segundo o TJSC, o homem foi até o local de trabalho da vigilante, uma empresa de estocagem de congelados, e a esfaqueou a mulher. Ele ainda tirou a arma da vítima e disparou contra ela.
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Por causa do atendimento “rápido e eficiente”, segundo a Justiça, a vigilante não corria risco de morte, mas teria que passar a noite em observação no hospital.
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Na madrugada, o homem pulou uma janela após omitir o verdadeiro nome na recepção. Pediu orientação a uma enfermeira, a quem disse ser amigo da vítima, e chegou até o quarto de Alessandra. Ainda com a arma da ex-companheira, atirou contra a mulher no leito de hospital.
Conforme o TJSC, não havia qualquer reforço de segurança policial na ocasião.
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Em 2011, ele foi condenado a 27 anos e 11 meses de prisão.
*Com informações do g1/SC
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