Após a prisão do acusado de matar Barbra Amorim Lacerda, a mãe dela, Lucianira Amorim da Silva, se diz “aliviada e tranquila”, já que a família tinha medo do suspeito voltar para procurar a neta ou ameaçar os familiares. O crime aconteceu em outubro de 2021, em Joinville, mas ele foi preso na última segunda-feira (27).
Continua depois da publicidade
Em conversa com o AN, ela conta que viu a foto dele preso pela Interpol, no Paraguai e, apesar da dor de perder a filha e a preocupação com o futuro da neta, Lucianira afirma sentir pena do homem.
— Uma criatura que não tem rumo, não tem direção, não tem caráter, não tem nada de valor. Isso, para qualquer ser humano, é de muita pena, de muita dó — reflete.
Em desabafo, ela critica a falta de segurança para as mulheres.
— Eu não sou a primeira mãe e nem serei a última que vai passar por situações semelhantes, infelizmente — lamenta.
Continua depois da publicidade
Para Lucianira, o momento agora é de tentar viver com mais tranquilidade e se dedicando à neta, filha de Barbra com o acusado do crime.
— Minha filha não volta, a pequena já perdeu a mãe. Agora ela tem a mim. Na justiça humana eu nunca acredito, mas na de Deus eu confio. Continuo entregando nas mãos de Deus o que vai acontecer daqui para frente — finaliza.
O homem foi localizado e preso pela Interpol, no Paraguai, na última segunda-feira. Ele foi denunciado por homicídio triplamente qualificado pelo Ministério Público de Santa Catarina e era considerado foragido da Justiça.
Relembre o crime
O crime aconteceu em 26 de outubro, no bairro Itaum, cerca de um mês após a separação do casal, que tinha um filho. Barbra estava em seu local de trabalho, quando, segundo testemunhas, o suspeito entrou na oficina mecânica, sacou uma arma calibre .38 e ameaçou matá-la.
Continua depois da publicidade
Na sequência, ela correu, mas o homem a alcançou, tendo efetuado alguns disparos de arma de fogo. Pelo menos um tiro atingiu Barbra, que morreu ainda no local. O suspeito fugiu em uma caminhonete S10.
Cerca de 10 dias antes do crime, o homem teria agredido Barbra e, no dia seguinte, ela registrou um boletim de ocorrência contra o ex-companheiro, solicitando uma medida protetiva. A Justiça concedeu a medida na sexta-feira (22), quatro dias antes do assassinato.
Leia também
Quem era o trabalhador que morreu ao ser atingido por muro de escola em Joinville
Paciente deixado por Samu em calçada de hospital de Joinville ganha direito a indenização
Suspeito de matar ex a facadas em Guaramirim se entrega à polícia após 10 dias foragido