Na tarde desta terça-feira, a dona de casa Elisangela Volpi, 36 anos, registrou boletim de ocorrência contra o Centro de Educação Infantil Amiguinhos do Senhor, no bairro Fátima, zona Sul de Joinville. Elisangela está responsabilizando a creche particular por negligência e omissão de socorro. Segundo ela, na última quinta-feira, seu filho de nove meses foi levado para o CEI saudável, mas no fim da tarde, quando o marido passou para buscar o bebê, percebeu que o pequeno estava com dificuldade para respirar e tossindo muito.
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– Fiquei ligando para ela (dona do CEI) para saber o que tinha acontecido, mas ela só me atendeu às 22 horas. Disse que ele tinha passado mal, que ficou com a temperatura baixa, então deu chá e analgésico para ele melhorar e o agasalhou. Disse, ainda, que devia ser a mudança de tempo que o teria deixado assim – conta.
Elisangela levou o bebê até o PA Sul ainda na noite de quinta-feira, e o médico que o atendeu diagnosticou bronquite, ele foi medicado e voltou para casa. No sábado de manhã, a dona de casa voltou a procurar atendimento para o bebê, que permanecia com os mesmos sintomas.
– O médico que o atendeu disse que aquilo não era bronquite e pediu um raio X, no exame apareceu que ele estava com grampos de grampeador entre as vias aéreas e o pulmão – conta, revoltada.
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O bebê foi encaminhado para o Hospital Infantil, onde teve de tomar anestesia geral para ser submetido a um procedimento cirúrgico para a retirada dos grampos.
– Estou bastante indignada porque confiei na creche, deveriam cuidar direito. Ele foi para lá bonzinho e voltou para casa ruim – desabafa a mãe.
De acordo com a delegada da Delegacia da Mulher, criança e idoso, Marilisia Boehm, será aberto inquérito para investigar se o bebê ingeriu os grampos na creche e em quais circunstâncias.
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“A Notícia” entrou em contato com a proprietária da creche, via celular, mas ela não quis comentar as acusações. À RBS TV, disse que só vai se pronunciar através de advogado.