Uma mãe se exaltou com o tempo de espera para atendimento da filha de um ano e meio no Hospital Infantil de Joinville e acabou agredindo uma enfermeira. O caso aconteceu por volta do meio-dia de quarta-feira (29) e a Polícia Militar foi acionada.

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Hospital Infantil de Joinville tem UTIs lotadas, e novos pacientes serão transferidos

Quando a polícia chegou ao local, funcionários da unidade contaram que a profissional estava de plantão na sala de triagem e foi agredida por uma mulher de 27 anos. A vítima estava no local e, segundo os policiais, estava chorando e abatida com a situação. Em conversa com os agentes, alegou que sofreu diversos xingamentos “de baixo calão”, levou socos, chutes e foi empurrada ao chão. Ela foi socorrida por um colega e por uma outra mãe que ajudou a conter a mulher agressora. Segundo a polícia, um médico residente confirmou a versão dada pela vítima.

Por nota, o Hospital Infantil Doutor Jeser Amarante Faria confirmou as agressões à profissional e, após a confusão, diz ter acionado a polícia. Tanto a unidade quanto a funcionária registraram boletim de ocorrência.

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Uma acompanhante e uma funcionária do Hospital Infantil de Joinville brigaram dentro da área hospitalar na tarde desta quarta-feira (29). 

Conforme informações do hospital, o caso aconteceu por volta das 12h. Ela é mãe de uma paciente e teria ficado exaltada por conta do tempo de espera no atendimento. 

O Hospital Infantil afirma que houveram agressões à profissional e, após a confusão, acionou a Polícia Militar. Tanto o hospital quanto a funcionária fizeram um boletim de ocorrência por lesão corporal.

Na tarde desta quinta-feira (30), o hospital se manifestou por nota oficial, repudiando as agressões e prestando solidariedade à vítima. Além disso, o local cita prejuízos materiais. Confira o texto completo:

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O Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria vem à público, em solidariedade à toda a equipe de profissionais, divulgar nota de repúdio contra ocorrência de agressão praticada pela acompanhante de paciente cometida contra uma enfermeira.

O episódio ocorreu no início da tarde desta quarta-feira, dia 29 de março, no Pronto-socorro da instituição enquanto a colaboradora exercia suas atividades. Além da agressão, a acompanhante causou danos materiais à instituição. A direção do hospital, ao tomar conhecimento do fato prestou toda a assistência necessária à enfermeira, inclusive em âmbito jurídico, para que sejam adotados todos os procedimentos cabíveis.

O Hospital Infantil atua com base no Carisma Vicentino e repudia quaisquer atos de violência e ameaça contra qualquer cidadão.

A Direção.”

Lotação máxima

Na tarde de quarta-feira, o Hospital Infantil de Joinville atingiu a ocupação máxima nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Os 50 leitos existentes foram ocupados e algumas internações estão sendo feitas no pronto-socorro, onde há 20 internados. Além disso, os 110 leitos de enfermaria estão preenchidos.

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O alto índice de internações por causa de dengue e doenças respiratórias é o principal motivo para a lotação. Com isso, pacientes que precisarem ser hospitalizados devem ser transferidos para outras cidades. O local diz estar trabalhando com capacidade máxima e com quadro funcional completo. No pronto-socorro, são cinco médicos, três pediatras, um ortopedista pediátrico e um cirurgião pediátrico. Além dos residentes que atendem sob supervisão dos demais plantonistas.

Pacientes diagnosticados com dengue chegam a esperar até dois dias para internação entre tentativas em Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Hospital Infantil. 

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