O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, anunciou que prestará juramento nesta quinta-feira (24), perante a Assembleia Constituinte, embora, de acordo com a lei venezuelana, a posse deva ser realizada em 10 de janeiro de 2019 diante do Parlamento.
Continua depois da publicidade
“Hoje estarei na Plenipotenciária Assembleia Constituinte, prestando juramento como presidente reeleito da República Bolivariana da Venezuela para o período 2019-2025, pela vontade do povo livre e soberano”, escreveu Maduro em sua conta no Twitter.
Reeleito no domingo em uma votação boicotada pela oposição e desconhecida por diversos governos, o presidente comparecerá esta tarde diante da Assembleia Constituinte, à qual todos os funcionários eleitos devem se subordinar.
Segundo a Constituição, o juramento deve ser feito perante o Supremo Tribunal de Justiça (TSJ), pró-governo, se, “por qualquer razão”, o presidente eleito não puder tomar posse perante o Parlamento, de maioria opositora e na prática cancelado e substituído pela Constituinte.
Continua depois da publicidade
Maduro planeja, após seu juramento, participar de um evento no Ministério da Defesa, em Caracas, para receber do alto comando das Forças Armadas a “reafirmação da lealdade”.
Em meio a denúncias de irregularidades por parte da oposição e rejeição dos Estados Unidos, da União Europeia e de uma dúzia de países latino-americanos, Maduro foi declarado reeleito para governar até 2025, em um país em ruínas e cada vez mais isolado.
Com uma abstenção recorde de 54%, Maduro venceu com 68% dos votos contra 21% do ex-chavista Henri Falcón.
Continua depois da publicidade
Falcón denunciou os resultados, acusando o governo de “compra de votos” e de “chantagem” com programas sociais.
* AFP