Nicolás Maduro será empossado presidente interino da Venezuela às 19h local (20h30min em Brasília) de sexta-feira, informou o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello.

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– Convocamos para o dia de amanhã, às sete da noite, no Salão de Honra da Academia Militar da Guarda Nacional, uma sessão especial para que preste juramento o companheiro Nicolás Maduro como presidente interino da República – disse Cabello.

Cabello destacou que o até então vice-presidente “fará a convocação de eleições de acordo com a Constituição, no prazo de 30 dias”. Chávez, falecido na terça-feira, indicou Maduro como seu sucessor e presidente interino até a realização de eleições, as quais concorrerá como candidato governista.

Cabello afirmou que o governo está agindo de acordo com o desejo de Chávez e como determina a Constituição.

– Estamos fazendo o que pediu o presidente. O povo chavista não tem dúvidas, sabe bem o que presidente disse – .

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– Alguns setores da oposição afirmam por aí que deve assumir a presidência da República Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional, mas isto não é verdade, a Constituição é muito clara – afirmou o próprio Cabello ao defender a posse de Maduro.

Antes de ser operado pela quarta vez do câncer, em dezembro passado, em sua última aparição pública Chávez nomeou Maduro como seu herdeiro político e pediu aos venezuelanos que o levassem à presidência caso não pudesse seguir governando. A presidência interina de Maduro foi anunciada pela primeira vez na terça-feira, horas após a morte de Chávez, pelo chanceler Elías Jaua.

– Agora que se produziu a vacância absoluta, assume o vice-presidente da República como presidente e se convoca eleições nos próximos 30 dias. Estas foram as ordens do comandante presidente Hugo Chávez – disse Jaua à TV estatal Telesur.

A Constituição venezuelana estabelece que diante da “falta absoluta” de um presidente eleito antes da posse, se “procederão” eleições no prazo de 30 dias, com o presidente do Parlamento – no caso Cabello – liderando o governo neste período. Caso a vacância ocorra durante os primeiros quatro anos de mandato, se procede igualmente com eleições, mas a presidência interina é entregue ao vice-presidente. Chávez, no poder desde 1999, obteve a reeleição em outubro passado para um novo mandato de seis anos, mas sua posse em janeiro foi adiada pelo Supremo Tribunal até a recuperação do presidente, o que não ocorreu.

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