O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou nesta segunda-feira (14) a realização de exercícios da Força Armada em todo o país nos dias 26 e 27 de agosto. A determinação veio após a advertência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que pode usar a opção militar no país latino-americano.
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— Dei a ordem ao Estado Maior Superior da Força Armada para iniciar os preparativos para um exercício nacional, cívico e militar de defesa integral armada da pátria venezuelana — anunciou Maduro.
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A uma multidão de apoiadores nos arredores do Palácio de Miraflores, no centro da capital Caracas, Maduro pediu aos venezuelanos que se prepararem “para defender a paz, com os tanques, os aviões, os mísseis”.
— Vamos derrotar a ameaça militar do imperialismo norte-americano — disse Maduro, ressaltando que “ninguém pode intimidar o povo venezuelano” e que está “decidido a enfrentar os supremacistas, os racistas dos Estados Unidos”.
— Trump “go home”, que se escute até Washington — gritou Maduro, em coro, com milhares de simpatizantes vestidos de vermelho, que marcharam em oposição à advertência feita pelo líder norte-americano na última sexta-feira. Na ocasião, Maduro também pediu à Assembleia Constituinte que abra uma investigação contra os “entreguistas” que, segundo o presidente, apoiariam uma suposta “intervenção” militar dos Estados Unidos.
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— Peço à Comissão da Verdade, pela justiça e pela paz, que por favor inicie um processo sobre os entreguistas que pediram a intervenção da Venezuela e que apoiam a ameaça de Donald Trump contra a paz da República — argumentou Maduro.
Em visita à Colômbia, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, alertou no domingo (13) que os Estados Unidos não aceitarão “uma ditadura” na Venezuela, mas minimizou a advertência de Trump, o que não aplacou o governo venezuelano.
— Não ficaremos esperando enquanto a Venezuela desmorona, mas é importante ressaltar, como disse o presidente, que um Estado falido na Venezuela ameaça a segurança e a prosperidade do hemisfério — afirmou o vice de Trump nesta segunda-feira (14).
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Pence disse que seu país está decidido “a usar todo o poder econômico e diplomático americano” até ver “restaurada” a democracia na Venezuela.