O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta sexta-feira que fará uma “ampla consulta”, envolvendo diversos setores do país, antes de adotar uma posição definitiva sobre a lei de anistia aprovada no Parlamento, controlado pela oposição.
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Maduro declarou aberta a “consulta pública para que o povo, em todas as suas organizações de direitos humanos, movimentos sociais, partidos políticos e instituições” façam chegar suas “propostas e opiniões sobre o que deve fazer (…) com a lei criminosa que pretendem impor como um golpe de Estado”.
O presidente se referia a lei de anistia para “presos e perseguidos por sua oposição ao chavismo”, aprovada na terça-feira passada por ampla maioria na Assembleia Nacional.
Durante congresso do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Maduro assinalou que as consultas se estenderão até a segunda-feira.
“Já tenho a minha opinião, muito firme, mas quero escutar a opinião da Nação, do povo venezuelano, sobre esta lei criminosa”.
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Maduro afirma que a lei viola a Constituição venezuelana e os acordos internacionais sobre direitos humanos, ao prever o perdão para atos de “terrorismo”.
A anistia visa a tirar da prisão 76 “presos políticos” e beneficiar centenas de “perseguidos e exilados” por sua oposição ao chavismo, no poder há 17 anos na Venezuela, segundo a deputada Delsa Solórzano, promotora da iniciativa,
Maduro tem a prerrogativa de questionar a lei no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que a oposição chama de “escritório de advocacia” do chavismo.
O principal líder opositor preso é Leopoldo López, detido há dois anos e condenado em setembro passado a quase 14 anos de cadeia, por incitar à violência na onda de protestos contra Maduro que no início de 2014 deixou 43 mortos e 878 feridos.
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axm/vo/lr