O candidato chavista à eleição presidencial deste domingo e presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que na segunda-feira apresentará “novas evidências” do intervencionismo dos Estados Unidos em seu país.
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– Com os Estados Unidos há sempre dificuldades porque estão sempre conspirando. Amanhã vamos apresentar novas provas da intervenção direta de funcionários da embaixada americana em situações internas da Venezuela – declarou Maduro durante coletiva de imprensa logo após votar em um colégio eleitoral de Caracas.
– O que aconteceria se um militar venezuelano, adido militar na embaixada da Venezuela em Washington, começasse a buscar militares no Pentágono para desacreditar a autoridade de Obama ou para levantar-se contra Obama? – acrescentou Maduro, quando perguntado se trabalhá para melhorar as relações diplomáticas com os Estados Unidos, se eleito presidente.
– Enquanto estiver aqui como presidente e a revolução no governo da Venezuela não aceitaremos que humilhem a dignidade deste país – declarou.
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Maduro, que horas antes de notificar a morte de Hugo Chávez em 5 de março anunciou a expulsão de dois adidos militares de embaixada americana acusados de conspiração, assegurou que a regularização das relações diplomáticas dependerá “do respeito a nosso país”.
– Estamos sempre prontos – insistiu Maduro, que entre 2006 e 2012 foi chanceler.
Os Estados Unidos responderam à expulsão de seus adidos militares com a expulsão de dois diplomatas venezuelanos em solo americano.
Em 25 de março o governo venezuelano também anunciou a suspensão do “canal de comunicação” informal criado no fim de 2012 entre Washington e Caracas.
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Desde que Chávez chegou ao poder, em 1999, os dois países têm uma relação tensa, apesar de a Venezuela, com as maiores reservas de petróleo do mundo, vender cerca de 900.000 barris de petróleo por dia para seu vizinho do norte.