O governo venezuelano fará uma ofensiva para capturar os que “conspiram” com os Estados Unidos para derrubá-lo, anunciou na noite desta terça-feira o presidente Nicolás Maduro.

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Ao anunciar uma série de medidas para enfrentar a ameaça do presidente americano, Donald Trump, de impor sanções econômicas a seu governo, Maduro informou que na quarta-feira será deflagrado um “plano especial de justiça de emergência”.

Será “para a busca e captura de todos estes conspiradores e para um castigo exemplar”, advertiu o presidente.

Maduro explicou que o plano combinará esforços do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), da Justiça Militar e do Ministério do Interior.

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A ofensiva contra os “conspiradores” foi acertada na noite desta terça-feira, durante a reunião do Conselho de Defesa, convocado por Maduro após as advertências de Trump de impor sanções econômicas à Venezuela caso o presidente insista em seu projeto de Assembleia Constituinte.

Segundo o presidente venezuelano, o Conselho de Defesa também discutiu medidas econômicas e energéticas para se enfrentar as eventuais sanções, já que os Estados Unidos são um dos principais compradores do petróleo da Venezuela, praticamente o único produto de exportação do país.

Ao abrir a reunião do Conselho de Defesa, realizado no Palácio de Miraflores, Maduro prometeu “mobilizar uma grande força anti-imperialista” para no dia 30 de julho – data da votação para formar a Constituinte – “derrotar todos os planos intervencionistas do Império (EUA), de seus lacaios da América Latina e do mundo”.

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Donald Trump assegurou na segunda-feira que “tomará rápidas e fortes medidas econômicas” se Maduro persistir em realizar a eleição da Constituinte, que a oposição considera uma “fraude” do chavismo para se perpetuar no poder e fazer da Venezuela “outra Cuba”.

“Os Estados Unidos não ficarão passivos enquanto a Venezuela desmorona”, afirmou Trump em nota oficial, sem detalhar o alcance das medidas

Além da escassez de alimentos e medicamentos e de uma descontrolada inflação, a Venezuela vive há quase quatro meses protestos contra o governo que já deixaram 96 mortos e milhares de feridos e detidos.

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* AFP