O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (12) que os portos do país ficarão sob comando militar, dentro de um plano que tenta superar a dura crise econômica dando mais poder à Forças Armadas.

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“Hoje tomamos cinco portos fundamentais do país: Guanta, La Guaira, Puerto Cabello, Maracaibo e Guamache”, disse Maduro em seu programa de televisão, depois de se reunir com seu ministro da Defesa, Vladimir Padrino.

Na segunda-feira, Maduro designou o general do Exército como chefe do chamado plano de “abastecimento soberano”, diante da grave escassez de alimentos e remédios no país.

Como “medida reorganizadora”, Maduro decidiu nomear “uma autoridade única para cada um desses cinco portos” e designou o general Efraín Velasco Lugo como presidente da estatal Bolivariana de Portos, ente que administra as instalações de carga marítima do país.

“Com essas designações, com essa ocupação cívico-militar desses portos, espera-se que comecem a funcionar como têm de funcionar”, declarou.

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Segundo Maduro, com o envio de militares a portos, aeroportos e empresas, o que se viu foi “caos, uma desordem”.

Ontem, o governante decidiu que “todo o comando do abastecimento no país” estará em suas mãos e nas do ministro da Defesa, ou seja, todos os demais ficarão subordinados ao que chamou de “comando presidencial de união cívico-militar”.

Esse plano foi ativado no âmbito de um decreto de estado de exceção e de emergência econômica prorrogado em 13 de maio passado. O decreto concede amplos poderes a Nicolás Maduro.

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