A Polícia Civil de Joinville enviou à Justiça na última semana um inquérito pedindo a prisão preventiva de uma mulher acusada de abusar sexualmente de uma menina de nove anos.

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A mulher é madrinha da criança* e teria se aproveitado da proximidade entre as famílias para cometer o crime.

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Segundo a delegada Georgia Marriany Gonçalves Bastos, que presidiu o inquérito, é possível que a criança sofresse violência sexual desde os sete anos.

– A madrinha cuidava da menina e se aproveitou disso. A criança começou a demonstrar um comportamento alterado e os abusos ficaram comprovados por exames e pela análise psicológica – disse a delegada.

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A própria madrinha, durante os interrogatórios, admitiu as mudanças no comportamento da criança, mas negou qualquer ação criminosa e acusou os pais da menina. Para a polícia civil, ficou comprovado que ela usava da proximidade e da intimidade com a afilhada para cometer o abuso. A Justiça ainda não decidiu sobre a prisão dela e o processo transcorrerá em sigilo.

O abuso sexual infantil é o uso da criança ou adolescente, menino ou menina, para satisfação sexual de um adulto ou adolescente mais velho, seja por meio de manipulação, toques, participações em jogos sexuais, exibicionismo, pornografia e prática de relação sexual.

O caso é considerado incomum na Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso de Joinville.

– A mulher geralmente é considerada um símbolo de proteção – diz Georgia.

O fato de ser alguém muito próximo da família também dificulta o entendimento e a exposição do crime à polícia.

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Porém, há pelo menos 12 comportamentos já identificados e bastante estudados que indicam se crianças ou adolescente foram ou estão sendo vítimas de abuso sexual.

(*) A identidade e as informações que possam identificar a menina foram omitidas nesta reportagem para preservar a vítima, como exige o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).