A suspeita de ilegalidade na carga de madeira encontrada num contêiner no Porto de Itajaí, no Litoral catarinense, por equipes do Instituto Brasileiro de Meio-Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não foi confirmada.
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Apesar das toras apresentarem diferentes colorações, foi comprovado que eram de uma mesma espécie e que foram retiradas legalmente da natureza.
De acordo com Bruno Barbosa, chefe da Divisão de Controle e Fiscalização do Ibama, o conteúdo do contâiner estava regularizado, porém a Receita Federal havia proibido a exportação por questões aduaneiras.
A dúvida sobre a madeira surgiu na quinta-feira, quando o Ibama iniciou os trabalhos da operação Rastro Verde – que fiscaliza o comércio de madeira retirada irregularmente da Floresta Amazônica – no Estado.
A fiscalização de cargas em contêineres no Porto de Itajaí e no porto seco de Dionísio Cerqueira, no Oeste, será intensificada até fevereiro. Uma barreira foi montada no posto da Polícia Rodoviária Federal em Barra Velha, no trecho Norte da BR-101.
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Na quinta-feira, foram abordados 180 caminhões. Em um deles foram flagrados 55 metros cúbicos de madeira retirada ilegalmente no estado do Pará, e que seguiria para o município catarinense de Lauro Müller.
– Até recentemente a fiscalização se restringia aos armazéns. Se tivesse autorização, a madeira era liberada para exportação. Agora, também controlamos após esta fase – ressalta Barbosa, que garante que a iniciativa vai dificultar a utilização dos portos do Estado para o escoamento de madeira irregular.
Santa Catarina é um dos maiores consumidores nacionais da madeira proveniente da floresta amazônica, segundo o Ibama.