O presidente francês, Emmanuel Macron, considerou nesta terça-feira (20), na Bélgica, que, com “diálogo” e “explicação” será possível pôr fim ao movimento de protesto dos “coletes amarelos” contra a alta dos preços dos combustíveis e do custo de vida.

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“O governo enfrenta protestos atualmente. Pode-se sair pelo diálogo, pela explicação, pela capacidade de encontrar ao mesmo tempo o bom ritmo e as soluções do terreno”, declarou Macron durante um debate na companhia do primeiro-ministro belga, Charles Michel, com cerca de 800 estudantes na Universidade de Louvain-la-Neuve, no segundo dia de sua visita de Estado à Bélgica.

Sem se referir diretamente aos “coletes amarelos” que fazem operações de bloqueio desde sábado, Macron considerou “normal” que haja protestos, porque “as coisas não se fazem espontaneamente”.

A transição ecológica “supõe mudar os costumes, nunca é fácil”, acrescentou, ressaltando que “coletivamente é necessário ter um espírito de responsabilidade”.

O presidente francês explicou que a estratégia do governo era, “por um lado, taxar mais as energias fósseis e, por outro, assistir aos mais modestos”.

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Nesse aspecto, mencionou “a ajuda à conversão (…) para comprar veículos muito menos poluentes”, a indenização “das pessoas que precisam se deslocar muito” e o apoio “aos que se aquecem com diesel”.

Os “coletes amarelos” protestam contra a alta do preço dos combustíveis decidida pelo governo, que instaurou novas tarifas com fins ecológicos, mas também contra a política “injusta”, que limitaria – segundo eles – o poder aquisitivo dos franceses.

* AFP