Após o rompimento, água da lagoa avançou (Foto: Divulgação, Prefeitura de Maceió)
O prefeito de Maceió João Henrique Caldas, anunciou no domingo (10) que o teto da Mina 18 de sal-gema da Braskem sofreu um rompimento. A falha fez com que o sensor que vinha sendo usado para monitorar o ritmo de afundamento do solo na área fosse comprometido. As informações são do jornal O Globo.
Segundo as autoridades, a parte superior da mina cedeu, mas a cavidade como um todo ainda não colapsou, embora esteja em risco desde o dia 28 de novembro. Segundo relatórios da Braskem, a Mina 18 já havia sofrido uma deformação desde 2019 e adquiriu um contorno de “ampulheta”, com duas cavidades separadas por uma passagem estreita.
Após o rompimento, a Lagoa Mundaú avançou sobre a passagem de concreto onde o sensor estava localizado. O sensor DGNSS (Sistema Global de Navegação por Satélite Diferencial), também chamado de “Mina20”, monitorava a velocidade do deslocamento vertical do terreno. Segundo a Braskem, a última atualização desses dados foi às 14h42 de domingo (10).
A empresa também informou que há, ao todo, 76 sensores DGNSS para fazer o monitoramento do local onde a empresa operava as 35 minas de extração de sal-gema. Os dados dos outros sensores localizados próximos da área não apresentam, no momento, deslocamentos significativos do solo. A Braskem já está providenciando um novo sensor para instalar no local do Mina20.
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Veja o antes e depois da mina:
No centro do círculo ficava o sensor (Foto: Divulgação, Braskem)
Após o rompimento, água da lagoa avançou (Foto: divulgação, Braskem)
O problema das minas em Maceió veio à tona em 2018 (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
Em 2018 começaram a aparecer as primeiras rachaduras na cidade (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
Os moradores precisaram evacuar o local (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
Casas, comércios e imóveis ficaram para trás (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
A população pede por realocação há anos (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
Em novembro deste ano, a Defesa Civil declarou risco de colapso (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
Ao todo, mais de 14 mil imóveis foram desocupados nos bairros afetados (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
Cerca de 60 mil pessoas foram afetadas (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
O governo adotou medidas emergenciais para auxiliar a população (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
A Defesa Civil mantém o alerta máximo para o risco de desabamento (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
O sal-gema extraído na mina nada mais é que o cloreto de sódio, a mesma substância do sal de cozinha. (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
O sal que usamos na comida é extraído do mar, enquanto o sal-gema é encontrado no subterrâneo (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
Por existir em quantidades maiores, o sal-gema é empregado principalmente na indústria química (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
A extração em Maceió começou em 1976 para a produção de dicloroetano (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
Na época, a Braskem se chamava Salgema Indústrias Químicas S/A (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
Nas minas da Braskem, houve um vazamento de líquido no solo, o que trouxe instabilidades (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)