A morte de um macaco no município de Morro da Fumaça, na região Sul de Santa Catarina, reacendeu o alerta sobre a febre amarela no Estado. O animal foi encontrado morto na localidade de Linha Frasson nesta sexta-feira (5). A informação foi divulgada neste sábado.
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Conforme a Prefeitura do município, o caso está sendo analisado pela Vigilância Epidemiológica de Morro da Fumaça e a Gerência Regional de Saúde. Foi encaminhado para análise materiais que devem apontar se a morte do macaco foi causada pela febre amarela. O resultado dos exames, conforme informado pela prefeitura, deve ser divulgado em 30 dias.
No dia 4 de março foi confirmada a primeira morte de macaco por febre amarela no Estado conforme a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC). O animal da espécie bugio havia sido encontrado morto no município de Garuva, próximo à Joinville.
Em relação à distribuição da vacina que previne a doença, ações extras estão sendo estudadas pelo município com o objetivo de reforçar a campanha de vacinação. Nos próximos dias, o horário poderá ser ampliado visando reforçar a importância da imunização.
Vacinação ainda é baixa no município
Apesar de a causa da morte do animal encontrado em Morro da Fumaça não ter sido confirmada, a preocupação do município tem sido referente à baixa procura pela vacina da febre amarela. O número de moradores imunizados pela doença ainda está abaixo do ideal de acordo com o Governo Municipal, que ressalta a importância da vacina para evitar a contaminação.
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A primeira morta causada por febre amarela em Santa Catarina foi confirmada no dia 28 de março após diagnóstico laboratorial. O Estado não registrava casos de febre amarela em humanos desde 1966.
A vítima da doença, um homem de 36 anos, morreu no dia 12 de março e não tinha registro de vacina no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) de acordo com a Dive.
A vacina é distribuída gratuitamente em todo o Estado nas unidades de saúde que tenham sala de vacinação. Em Morro da Fumaça, segundo a prefeitura do município, a imunização tem ocorrido de segunda a sexta-feira, entre 8h e 12h, e das 13h às 17h.
Macaco não é o transmissor da doença
A febre amarela não é transmitida aos seres humanos pelos macacos. Assim como as pessoas, o animal também é uma vítima e acaba servindo como um sinalizador da doença transmitida somente por mosquitos contaminados — não é contagiosa, logo, não passa diretamente de humano para humano.
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Os primatas, neste caso, acabam servindo como hospedeiros do vírus. Por isso a importância dos seres humanos se vacinarem contra a febre amarela para garantir a imunização, já que qualquer pessoa não vacinada corre o risco de contrair a doença.