O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) divulgou uma nota em seu site nacional mostrando preocupação em relações a danos na estrutura da barragem na usina hidrelétrica Foz do Chapecó, situada no Rio Uruguai, entre Águas de Chapecó-SC e Alpestre-RS.
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O MAB cita que as cheias de 2014, quando a vazão do Rio Uruguai chegou próximo de 30 mil metros cúbicos por segundo, alagando áreas de Águas de Chapecó, São Carlos Palmitos e Itapiranga, arrancou metade do muro central do vertedouro da barragem.
O laudo de um engenheiro especializado avaliou que o muro estava fora dos padrões. O MAB quer esclarecimento da empresa para evitar riscos à população que fica abaixo da barragem.
A hidrelétrica Foz do Chapecó tem potência instalada de 855 megawatts, suficiente para atender cinco milhões de residências.
A Foz do Chapecó Energia, concessionária da hidrelétrica, encaminhou uma nota reconhecendo que teve que fazer alguns reparos após a cheia de 2014, houve queda parcial de um muro remanescente da construção da hidrelétrica, utilizado para ensecar o rio durante a construção, mas que não tem função estrutural.
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A empresa informou que contratou também consultoria independente e especializada e realiza trabalhos periódicos de análise e monitoramento. Esses especialistas avaliaram que não havia comprometimento à segurança da barragem mas sugeriu algumas melhorias que foram executadas pela empresa. Em maio de 2017 houve uma nova cheia que causou fissuras no muro remanescente da obra e uma junta de consultores recomendou a remoção da estrutura, que será iniciada em setembro.
O consórcio disse que já informou as comunidades e órgãos reguladores sobre as ações executadas. Na nota a Foz do Chapecó Energia afirma que não há risco à segurança das comunidades e dos colaboradores e tampou na operação.