A reportagem de "AN" percorreu o Centro de Joinville para avaliar a infraestrutura das principais ruas. A região é uma das mais movimentadas da cidade, com fluxo intenso de veículos, ônibus e pedestres. A condição das calçadas hoje é o principal problema, com a estrutura quebrada, danificada ou afundada em 23 das 27 ruas visitadas. Em cada uma delas foi constatado pelo menos um trecho do passeio danificado.

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A pior situação foi encontrada na rua Engenheiro Niemeyer, perto de um shopping. No local, há um longo pedaço de calçada de concreto quebrada e com muitas irregularidades, dificultando a travessia de pedestres e quase impossibilitando a passagem de cadeirantes.

Também há um espaço de aproximadamente um metro quadrado, próximo da esquina com a avenida Juscelino Kubitschek, em que a calçada está sem os blocos de paver. Isso coloca em risco os pedestres que precisam atravessar a rua.

Por outro lado, há ruas em que os problemas com as calçadas são pontuais ou nem existem. Na rua Lages, elas estão bem conservadas em sua maioria, com a estrutura danificada em apenas um ponto. Já na Orestes Guimarães, o passeio está bem conservado e a reportagem não encontrou problemas. Na maioria das situações em que existem problemas, as causas são as raízes de árvores que quebram a calçada ou então é por falta de manutenção.

Quase todas as estruturas quebradas estão em frente à comércios ou prédios particulares, mas também há casos pontuais em calçadas em frente à imóveis públicos, como na rua Abdon Batista. Outra situação de risco para pedestres é a falta de tampas em buracos de passagem de rede de água em dois locais: um na rua Felipe Schmidt e outro na Duque de Caxias.

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Ainda existem outras dificuldades, como a falta de manutenção nas faixas de sinalização, a ausência de ciclofaixas em algumas ruas e os constantes transtornos causados pelos alagamentos em dias de maré alta e chuvas fortes.

Para tentar resolver esse problema, o município investe em obras para a macrodrenagem do rio Mathias, o que também tem gerado contratempos para pedestres e motoristas nos trechos onde estão acontecendo as obras.

Asfalto

O asfalto também é um problema para quem passa pelas ruas do Centro de carro. Algumas vias estão com a presença de buracos ou desgastes no pavimento que atrapalham a vida dos motoristas. É o caso das ruas Engenheiro Niemeyer, Lages, Marechal Deodoro, Nove de Março e Quinze de Novembro. A situação mais problemática é na rua São Joaquim, onde há buracos em que é possível ver até a camada de paralelepípedo anterior ao asfalto. No local, também não existe pavimento nas laterais onde fica a área de estacionamento dos carros, próximo das calçadas. Além disso, também há irregularidades e outros problemas no asfalto das ruas do Príncipe, Itajaí e Jerônimo Coelho por causa das obras de macrodrenagem do rio Mathias. Na rua Engenheiro Niemeyer e avenida Juscelino Kubitschek ainda têm bocas de lobo sem tampa ou muito afundadas que levam insegurança aos motoristas. Uma curiosidade é a presença de duas ruas pavimentadas apenas com paralelepípedos no Centro da cidade: Gustavo Grassembecher e Luiz Niemeyer.

Sinalização

A presença de faixas de pedestres é um dos fatores que contribuem para a segurança dos pedestres e elas estão presentes na grande maioria das ruas visitadas por "AN". No entanto, algumas estão com as pinturas apagadas e precisariam ser pintadas novamente para garantir a melhor visualização por parte dos motorista e pedestres. Essa é a situação de algumas faixas de segurança nas ruas Nove de Março, Quinze de Novembro, São Joaquim, Visconde de Taunay e na Avenida Juscelino Kubitschek. Outras vias estão com a sinalização horizontal também enfraquecidas, como a Itajaí. Por outro lado, ruas como a Alexandre Döhler, dos Ginásticos e Princesa Isabel estão com a sinalização em dia.

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Ciclofaixas

A ciclofaixa está presente em algumas ruas do Centro para facilitar a passagem dos ciclistas pela região. Ruas como a Lages e Max Colin têm espaços exclusivos para as bicicletas, enquanto a Mário Lobo e Quinze de Novembro têm passeios compartilhados entre pedestres e ciclistas. Esta última, porém, está com a pintura desgastada e precisaria de um reforço para ressaltar a presença de um espaço de passagem para as bicicletas. Na rua do Príncipe, foi criada uma ciclo-rota em que os ciclistas dividem espaço com os carros na rua, com a sinalização desse modelo no asfalto. Como a pintura está apagada, os usuários acabam trafegando por cima da calçada e não usam a ciclo-rota.

Canteiros

Algumas ruas da região central contam com canteiros com plantas e flores no espaço das calçadas. Em vias como a Nove de Março e a Quinze de Novembro, por exemplo, há problemas de falta de manutenção nessas estruturas. Parte delas é delimitada com pavers, que estão quebrados ou danificados. Nas demais ruas visitadas por "AN", não foram encontrados grandes problemas envolvendo os canteiros. Apenas as flores e plantas precisariam de mais cuidados em alguns espaços.

Lixeiras

A maioria das ruas tem lixeiras instaladas, mas em algumas ainda existem poucas estruturas para os pedestres depositarem o lixo. Na avenida Juscelino Kubitschek, por exemplo, há opções apenas ao lado dos pontos de ônibus e na Engenheiro Niemeyer não há lixeiras disponíveis. Em algumas vias, também existem problemas com a manutenção das estruturas, que estão amassadas ou foram removidas, como é o caso da Visconde de Taunay e Travessa Bachmann, respectivamente.

Bancos

Os frequentadores do Centro encontram bancos para descansar e sentar em algumas ruas da região, como Nove de Março e Travessa Bachmann. Nessas vias, a reportagem não encontrou problemas na estrutura. Porém, na Visconde de Taunay, conhecida como Via Gastronômica, há um banco com madeiras faltando e na rua do Príncipe existe outro com madeiras quebradas. As estruturas precisariam de manutenção para não levar perigo e dar mais conforto aos usuários.

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