Moradores de Joinville e região ficaram assustados e surpresos ao verem pontos luminosos no céu no início da noite da última quinta-feira (9). Nas redes sociais, as pessoas comentaram terem visto as "luzes estranhas" em sequência se movimentando pelo céu por volta das 19h30.
Continua depois da publicidade
Os relatos foram feitos por moradores de várias regiões da cidade, inclusive de outros municípios como Balneário Barra do Sul e São Francisco do Sul. Nas redes sociais, pessoas de outros locais do país também comentaram terem visto as luzes.
Houve quem achou que eram drones, comboio aéreo e até Objetos Voadores Não Identificados (Ovnis). No entanto, as luzes eram muito semelhantes aos pontos luminosos que foram avistados por moradores do Vale do Itajaí em fevereiro deste ano.
Na ocasião, o diretor do Observatório Astronômico de Brusque, Silvino de Souza, explicou o fenômeno em entrevista ao Diário Catarinense. Segundo ele, as luzes se tratavam de reflexos do sol reproduzidos por pequenos satélites do projeto Starlink, da empresa americana SpaceX.
– Os satélites são pequenos e estão em baixa altitude. Eles são visíveis principalmente logo depois do pôr do sol ou um pouco antes do sol nascer, quando refletem muito a luz do sol. Como estão muito próximos um do outro, formam quase que um colar no espaço – explicou Silvino.
Continua depois da publicidade
12 mil satélites serão lançados pelo projeto
O projeto teve início no ano passado e consiste em uma constelação de satélites artificiais que devem ficar em órbita terrestre baixa e permitir uma rede universal de internet banda larga. A empresa pretende lançar 12 mil satélites.
Outras empresas também têm investido em projetos parecidos para viabilizar internet via satélite para todo o mundo. Entre elas, estão a OneWeb, que prevê o lançamento de 2 mil satélites, e a Blue Origin, que pretende lançar 3,2 mil satélites.
A reportagem entrou em contato com a Aeronáutica Brasileira para confirmar se as luzes são dos satélites de um desses projetos, mas até o momento o órgão federal ainda não respondeu.