A parte do cérebro responsável pelo sono é a glândula pineal. Ela produz uma substância chamada melatonina, que vai acumulando a partir do momento que nossos olhos passam a perceber uma redução dos raios solares (com o pôr do sol). A luz do celular, assim como a da TV e até a de lâmpadas econômicas brancas, fazem nosso cérebro se enganar, interpretando que ainda não é noite. Resultado: o sono não vem.
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– Você acorda cansado, com seu corpo entendendo que ainda é noite – explica o oftalmologista Richard Yudi Hida, da Santa Casa de São Paulo, que também atua em pesquisas do assunto no Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP.
O que acontece é uma alteração no chamado ritmo circadiano, período de aproximadamente 24 horas sobre o qual se baseia o ciclo biológico de quase todos os seres vivos. Ele é influenciado principalmente pela variação de luz, mas também por temperatura, maré e vento entre o dia e a noite.
É por isso que quem já vivenciou a experiência de passar férias em um sítio, sem sinal de celular ou outros aparelhos eletrônicos, vê o ritmo mudar. O sono começa a vir mais cedo. E a pessoa acorda, sem despertador, cada dia mais próximo do nascer do sol.
Opções para dormir melhor
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A fuga do sono não é exclusiva dos smartphones. Estende-se para quem fica no computador trabalhando até tarde da noite e também para aqueles que assistem a séries ou filmes na televisão.
Outro detalhe, desta vez positivo: as luzes quentes. Quanto mais avermelhada, menor é o efeito da luminosidade em manter o cérebro ativo. É por isso que ler um livro antes de dormir, com a lâmpada do abajur ligada, não influencia de forma significativa no sono.
Que tal mudar o hábito e começar a incentivar sua leitura, escrever ou planejar o dia seguinte em um bloquinho de papel?