Júnior Cigano é um cara que venceu na vida. Deixou Caçador para se aventurar como garçom em Salvador, iniciou nas artes marciais, foi campeão da categoria peso-pesado do Ultimate e agora vem de uma sequência de três derrotas. Vencer de novo é a meta, para isso terá que superar o francês Ciryl Gane na madrugada deste domingo no UFC 256 em Las Vegas (EUA).

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O pior momento da carreira, como o próprio Cigano disse em entrevista via Zoom, serve como motivação para mostrar a sua melhor versão, vencedora, dentro do octógono mais uma vez.

– Chego bem, fiz um ótimo treinamento. Sempre venho para os meus combates para vencer, me preparo da melhor forma para isso. Tô aqui pra vencer – garantiu.

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Diferente de outras 13 vezes que lutou, Cigano não faz parte da última luta, o main event. Ele abre o card principal, uma experiência que, segundo ele, não deve interferir no desempenho.

– Óbvio que gosto de ser o main event, isso te traz uma evidência e demonstra o momento que você está no evento. Infelizmente eu estou vivendo o momento mais difícil da minha carreira, sou a primeira luta do card principal, mas o posicionamento pouco interfere na luta, é mais na questão de promoção e vender o evento – contou.

Dana White, presidente do UFC, anunciou que a organização vai reformular a lista de lutadores e cerca de 60 demissões estão previstas – a primeira saída foi do cubano Yoel Romero, que por três vezes disputou o cinturão dos pesos-médios. Cigano, vindo de três derrotas e em caso de um novo revés, pode entrar na lista. Isso, no entanto, foca na vitória e diz que não tem como controlar as decisões do Ultimate.

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– Tenho muito orgulho da minha carreira, de tudo que eu fiz. Tenho 36 anos, tô muito bem, infelizmente venho de resultado negativo e tenho vivido na pele aquele ditado dos pesos-pesados que basta um soco pra acabar a luta. Claramente eu estava melhor que meus oponentes, mas a mão entrou e acabei perdendo. A questão da perfomance, da vontade, da força está ali, eu me sinto muito bem e tenho certeza que ainda vou proporcionar grandes shows para as pessoas que gostam de MMA. A gente não tem controle em relação a isso, porque dentro da organização eles podem cancelar o contrato na hora que eles quiserem – explicou.

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O UFC tem realizado os eventos no seu centro de treinamento, em Las Vegas, sem a presença do público por conta da pandemia. A catarinense Taila Santos, que lutaria dia 6, teve a luta cancelada porque a rival contraiu a Covid-19. Agora ela está escalada para lutar no dia 19 de dezembro. Cigano, que até aqui pasou ileso pela doença, comentou sobre a situação aqui no Estado.

– A minha família está bem, eles estão se cuidando o máximo que podem, ficando em casa e se protegendo quando tem que sair. Em Caçador tá um pouco difícil, os casos aumentando, tenho acompanhado na medida que eu posso. Mas é muito da nossa responsabilidade, uns acham que a máscara e o distanciamento não protegem, mas é questão de respeito ao próximo. A gente não vive sozinho nesse mundo. Se a pessoa do teu lado está de máscara, não vejo motivo para não usar também. É uma triste realidade e desejo que passe o mais rápido.

Lutas do UFC 256

Card principal – 0h

Peso-mosca: Deiveson Figueiredo x Brandon Moreno

Peso-leve: Tony Ferguson x Charles do Bronx

Peso-palha: Mackenzie Dern x Virna Jandiroba

Peso-médio: Kevin Holland x Ronaldo Jacaré

Peso-pesado: Junior Cigano x Ciryl Gané

Card preliminar 21h30min

Peso-pena: Cub Swanson x Daniel Pineda

Peso-leve: Renato Moicano x Rafael Fiziev

Peso-pena: Gavin Tucker x Billy Quarantillo

Peso-palha: Tecia Torres x Sam Hughes

Peso-pena: Chase Hooper x Peter Barrett