Um fenômeno raro poderá ser observado no céu nesta semana. É o lunistício ou “grande paralisação lunar”, em que a lua passa mais tempo no céu. O evento acontece quando as inclinações da lua e da Terra estão no ponto máximo e nesta sexta-feira (21) coincidem com o solstício de inverno no hemisfério sul e de verão no norte. As informações são do Jornal O Globo.
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Por conta da inclinação do planeta e do satélite natural, a lua irá nascer no ponto mais a nordeste do horizonte e irá se pôr na posição mais a noroeste. Dessa forma, ela passará mais tempo no céu do que o habitual.
Contudo, somente habitantes do Hemisfério Norte poderão visualizar o fenômeno, o que ainda pode variar conforme a localização e as condições atmosféricas. Dessa forma, não será possível ver o lunistício do Brasil.
Um dos locais mais propícios e que espera receber milhares de turistas na sexta-feira, é o monumento pré-histórico Stonehenge, no interior da Inglaterra. Cientistas investigam, inclusive, se há alguma ligação entre a “grande paralisação lunar” e a própria construção de Stonehenge.
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Há hipóteses de que quem construiu a estrutura teria conhecimento sobre o fenômeno no céu e por isso teria feito o local de forma que a linha se alinhe às pedras quando o fenômeno ocorre.
A observação do lunistício depende da latitude em que a pessoa está e por isso pode não ser visível em diferentes pontos. Também por conta dessa condição, a paralisação lunar pode ser observada em outros dias, se estendendo até o próximo ano.
Como o lunistício ocorre?
A inclinação da trajetória da lua tem uma inclinação diferente dos demais planetas e asteroides do sistema solar, que orbitam em um plano que se chama eclíptica. Como a Terra gira em torno de um eixo inclinado a 23,4 graus em relação a esse plano, a lua tem inclinação de somente 5,1 graus em relação à ele.
Por conta disso, os pontos de nascer e por da lua variam em 57 graus durante o ano. Na inclinação máxima dos dois corpos celestes, Lua e Terra, ocorre a grande paralisação lunar, com o nascer e por da lua atingindo seus pontos mais extremos no horizonte.
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