Boletins de urnas divulgados por brasileiros que moram no exterior mostram resultados das votações para a presidência da República em diferentes países, embora não de forma oficial – já que a divulgação final será feita pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a partir das 17h.
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No exterior, há a votação apenas para Presidente da República. No Brasil, também serão votados nomes para os cargos de deputado federal, deputado estadual, senador e governador.
Resultados no primeiro colégio eleitoral na Nova Zelândia
O primeiro local a abrir e a concluir a votação foi Wellington, capital da Nova Zelândia -que está 16 horas à frente do Brasil pelo fuso horário.
AO VIVO: acompanhe o dia de votação das Eleições 2022 em Santa Catarina
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Segundo informações do boletim de urna fixado na embaixada brasileira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve 329 votos de um total de 458, “vencendo” no país com 71%. O presidente Jair Bolsonaro (PL) teve 71 votos.
Boletins de urna em Sydney, Brisbane, Melbourne, Camberra e Perth apresentaram vitória do petista.
Na Austrália, Lula também foi o que angariou mais votos. De acordo com a SBS, TV pública da Austrália, Lula obteve 3.672 votos contra 1.917 de Bolsonaro – uma disputa de 54,8% contra 28%.
Bolsonaro vence em Israel; Lula, na Palestina
A SBS afirmou que, dos 15.390 eleitores aptos a votar no primeiro turno na Austrália, 44% compareceram às urnas -um total de 6785 pessoas.
Europa tem filas e Portugal tem registro de confusão
Filas são registradas em cidades europeias. O movimento dos brasileiros em direção às embaixadas gerou filas longas em diversas cidades da Europa, segundo relatos publicados nas redes sociais.
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Em Lisboa, por exemplo, a cidade com o maior número de eleitores brasileiros fora do Brasil, registrou filas e momentos de tensão entre apoiadores de Lula e Bolsonaro.
Paris, na França, também tinha fila que dobrava os quarteirões da embaixada brasileira.
Lisboa é cidade com maior número de eleitores; EUA são o país com maior colégio eleitoral. De acordo com os dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), 697.078 eleitores estão aptos a votar fora do Brasil – 39,21% a mais que nas eleições de 2018. Os países com o maior número de votantes brasileiros são os Estados Unidos, Portugal, Japão, Itália e Alemanha.
A capital portuguesa, Lisboa, tem mais de 45,2 mil cidadãos que podem votar lá, um número que cresceu 113% em relação a 2018.
Os Estados Unidos abrigam a maior quantidade de eleitores brasileiros no exterior: quase 183 mil cidadãos estão aptos para votar lá. Esse número aumentou em cerca de 14% em relação às eleições de 2018.
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Eleições no exterior para presidente são encerradas em 59 países
O TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal) – responsável pela organização das eleições no exterior- informou que a votação já foi encerrada em 59 países até as 12h deste domingo.
O resultado será divulgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a partir das 17h, após o encerramento da votação no Brasil. Fora do país, brasileiros escolhem apenas o Presidente da República – 697 mil eleitores estão aptos a votar.
Segundo o TRE-DF, cerca de 50 urnas quebraram em 15 países. Em alguns casos, como não há urnas disponíveis para substituição, os eleitores votam em cédulas de papel.
“Como uma parte da votação vai ser em cédula de papel, o resultado será divulgado até meia noite [no horário de Brasília]. Haverá um pequeno atraso na divulgação do resultado final, essa vai ser a consequência”, afirmou o presidente do TRE-DF, desembargador Roberval Belinati.
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O presidente do TRE-DF disse que servidores da embaixada brasileira em Portugal que trabalhariam como mesários em Lisboa entraram em greve. Com isso, as eleições começaram mais tarde, o que causou longas filas em alguns locais de votação.
“Na Nova Zelândia, a abstenção foi muito grande: 75% dos brasileiros não apareceram para votar. É um número que chama atenção, mas ainda não sabemos as causas. Não sabemos se houve falhas do Itamaraty na divulgação da eleição brasileira naquele país”, disse Belinati.
* com Thaísa Oliveira