O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu nesta quarta-feira que o PT possa permanecer no governo ao menos até 2022, no bicentenário da Independência.

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– Eu já estou pensando no Brasil de 2022, quando a gente completar 200 anos de Independência e a gente fizer uma comparação do que era esse Brasil. Aí, vai ser duro, Dilminha, vai ser duro quando a gente falar do Brasil que deixamos em 2022 e o que pegamos em 2020 (referindo-se a 2002) – afirmou.

A frase foi dita perto do fim do discurso no qual recebeu o 26º título de doutor honoris causa, na Universidade Federal do ABC (UFABC), o primeiro concedido pela instituição, em São Bernardo do Campo (SP), quando Lula exaltava os ganhos sociais desde quando assumiu. A presidente Dilma Rousseff, presente no evento, é provável candidata à reeleição. Caso o desejo dele se concretize, o PT permaneceria no governo por pelo mais dois mandatos, incluindo o próximo dela.

O ex-presidente petista repetiu o bordão que costuma usar e afirmou que “um complexo de vira-lata” permeou o país no século 20.

– Não sei por que meus adversários ficam tão incomodados quando digo “nunca antes na história desse país”. É só provar que estamos errados – desafiou.

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Mãe do PAC

Lula também fez vários elogios à presidente Dilma. Ele lembrou que Dilma foi chamada de mãe do PAC, ainda quando era ministra, e disse que a presidente “está preparando o País para um novo salto com medidas corajosas”. Lula citou a geração de empregos – “só nesse ano foram 1,4 milhão de novos postos” – e citou os leilões de concessão de rodovias e do Campo de Libra, no pré-sal, como um exemplo de sucesso do governo. “O sucesso dos leilões reforça o interesse dos investidores externos no País”, disse.

O ex-presidente também transformou parte do discurso da cerimônia em uma exaltação à política econômica adotada desde seu primeiro governo, em 2003.