— O Palocci tem o direito de ser livre. Tem o direito de querer ficar com o pouco do dinheiro que ganhou fazendo palestras. Ele tem família. Tudo isso eu acho. O que não pode é que, se você não quer assumir a sua responsabilidade pelos fatos ilícitos que fez, não jogue em cima dos outros. (…) O Ministério Público ligado à Lava-Jato enveredou por um caminho com dificuldades de sair. Então, o objetivo é tentar encontrar alguém para me criminalizar — atacou o ex-presidente.

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Em seu depoimento na semana passada, o ex-ministro havia acusado o petista de dar aval a um “pacto de sangue” com a Odebrecht para o recebimento de R$ 300 milhões em propinas.

— Fiquei muito preocupado com a delação do Palocci porque ele poderia dizer “Eu fiz isso errado”. Ele, espertamente, disse “Não é que sou santo”, e pau no Lula. É um jeito de conquistar veracidade em sua frase — rebateu o ex-presidente nesta quarta-feira (13).

Depois do depoimento de Lula, a defesa do ex-ministro criticou, por meio de nota, as declarações do petista. “Enquanto o Palocci mantinha o silêncio, ele era inteligente e virtuoso; depois que resolveu falar a verdade, passou a ser tido como calculista e dissimulado. Dissimulado é ele, que nega tudo o que lhe contraria e teve a pachorra de dizer que se encontrava raramente com o Palocci a cada 8 meses”, diz o texto.

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