O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro, em seu discurso no lançamento do programa “Minha Casa, Minha Vida”, que não aceitará cobranças de cumprir a meta de construção de um milhão de casas populares – considerada por ele como um “desafio” – até o final do mandato.
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Ao lançar o plano, Lula disse que o cumprimento da meta depende do esforço do setor da construção civil, de prefeitos, governadores e até de arquitetos.
– Não tem data, portanto ninguém me cobre fazer 1 milhão de casas em dois anos. A gente não tem de se importar com o tempo. Gostaria que terminássemos em 2009. Se não conseguirmos, 2010 ou 2011… – disse o presidente.
Assista ao comentário de Carolina Bahia:
Em tom de desabafo, Lula disse que eventuais problemas para o cumprimento da meta não poderiam ser apenas creditados aos órgãos públicos:
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– Não é por maldade da máquina pública, mas da sociedade brasileira que a tornou assim.
O presidente fez um apelo para que prefeitos e governadores apresentem imediatamente projetos bem trabalhados para acelerar a construção das casas.
– Agora, precisamos de projetos para que a gente consiga “desovar” o dinheiro, porque senão o Guido (ministro da Fazenda, Guido Mantega) vai dizer que o fluxo do Tesouro está se exaurindo – disse o presidente, rindo e referindo-se a habitual trecho de discursos de Mantega.
Lula disse que é “extremamente importante” que os prefeitos e governadores apresentem logo seus projetos à Caixa Econômica Federal.
– A Caixa parece que está altamente preparada para, a partir de 13 de abril, a gente começar a funcionar a pleno vapor – afirmou ele, dirigindo o olhar à presidente da Caixa, Maria Fernanda Coelho, e comentando sobre sua elegância.
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