O presidente Lula (PT) e os governadores das 27 unidades federativas do país fizeram uma caminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta segunda-feira (9), na sequência da reunião emergencial convocada no Palácio do Planalto em resposta aos ataques de bolsonaristas às sedes do três Poderes ocorridos no dia anterior. Foi consenso entre as autoridades que o prédio do STF foi o mais danificado.
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— Todos nós estamos decepcionados, frustrados, para não dizer com muita raiva do que aconteceu aqui. Não vamos dar trégua até descobrirmos quem financiou isso — afirmou Lula, em breve fala à imprensa.
— Até um Cristo essa gente que fala em Deus arrancou e jogou no chão. Mas a vida é feita de recomeços, e, portanto, o Supremo vai se reconstruir e recomeçar — emendou o ministro Luís Roberto Barroso, do STF.
Entre os governadores que acompanharam a caminhada, a representante de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), deu a dimensão dos estragos em curta entrevista ao vivo à Globonews.
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— O prédio mais atingido é o do Supremo Tribunal Federal. É um cenário de guerra — resumiu Lyra.
Já o governador Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, apesar de estar presente no encontro, não deu declarações à imprensa no local. Ainda assim, ele tratou do tema em publicação nas redes sociais.
Participei da reunião com os 27 governadores em Brasília. SC é um estado de gente séria, trabalhadora e pacífica! Irei representar nosso estado e nossa gente defendendo nossos princípios onde quer que seja, em qualquer circunstância pois fui eleito para isso.
— Jorginho Mello (@jorginhomello) January 10, 2023
Ao final da visita ao STF, lideranças do governo Lula fizeram um saldo positivo da resposta das instituições aos ataques golpistas, defendendo o simbolismo da caminhada dos governadores.
— É muito triste, mas a democracia vai se fortalecer ainda mais. É na adversidade que a democracia se fortalece — afirmou o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB).
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— É um símbolo de união nacional, porque estão aqui os governadores de todos os Estados e também os [chefes dos] três Poderes. A mensagem principal à nossa nação é que não há espaço para o extremismo, o terrorismo e o ódio — acrescentou Flávio Dino, ministro da Justiça e da Segurança Pública.
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