O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira, esperar que os réus do mensalão que tiveram a prisão decretada na sexta-feira pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, possam ir para o regime semiaberto.

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A declaração se referiu, principalmente, ao ex-ministro José Dirceu, ao deputado federal José Genoino (PT-SP) e ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

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– Estou aguardando que a lei seja cumprida e, quem sabe, eles vão para o regime semiaberto – disse Lula, ao ser perguntado se visitaria os réus.

Apesar da declaração, ele evitou comentar a prisão de Dirceu, Genoino e Delúbio:

– Não faço julgamento da Suprema Corte – afirmou, acrescentando que a sigla já soltou uma nota que “condiz com a realidade do momento”.

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De acordo com Lula, há ainda alguns embargos infringentes para serem votados, por isso ele prefere aguardar o que acontecerá.

– Estou dizendo para vocês há muito tempo que vou esperar o julgamento total. Aí, sim, eu gostaria de falar sobre o assunto.

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O ex-presidente, que participou nesta segunda-feira da conferência “O negro rumo a 2022”, organizada pela Faculdade Zumbi dos Palmares, em São Paulo, e que teve a presença do presidente da Guiné, Alpha Condé, e do reverendo Jesse Jackson, dos Estados Unidos, enfrentou uma saia-justa quando o reitor da faculdade, José Vicente, fez uma referência em discurso ao fato do primeiro ministro negro do STF, Joaquim Barbosa, ter sido nomeado por Lula.

Todos aplaudiram, efusivamente. O ex-presidente resistiu, mas aplaudiu também. Durante a palestra na conferência, Lula lembrou da criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) da Presidência da República e disse que sempre se questionou de o porquê de o Brasil ser a segunda maior nação negra depois da Nigéria e não tratar os negros com igualdade.

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