Durante a convenção marcada para comemorar os 36 anos do PT, no Rio de Janeiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou sua intenção de concorrer à Presidência novamente nas eleições de 2018.

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— Eu quero dizer (em) alto e bom som: eu estarei com 72 anos, com tesão de 30, para ser candidato à Presidência da República — disse Lula aos partidários na noite deste sábado.

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Lula foi o grande homenageado da festa do PT, no Armazém da Utopia, na zona portuária do Rio de Janeiro. Quando chegou para a comemoração, porém, encontrou um ato esvaziado, conforme reportagem do Estadão. No espaço com capacidade para 4 mil pessoas, havia menos de 1,5 mil. Dirigentes do partido previam 3 mil presentes.

No discurso de quase 40 minutos, feito em tom de desabafo, o ex-presidente atacou a imprensa e defendeu-se das suspeitas de ser proprietário oculto de um apartamento no Guarujá (SP) e de um sítio em Atibaia (SP).

— O Lula paz e amor vai ser outra coisa daqui para frente — ressaltou, diante da plateia formada por metade do público esperado pela organização da festa. — Eu queria dizer para eles: vocês não vão me destruir, vamos sair mais fortes dessa luta — avisou aos adversários.

Quebra de sigilos e defesa de Dilma

O ex-presidente também relatou que aceita a quebra dos sigilos bancário e telefônico para esclarecer as suspeitas sobre o triplex localizado no litoral de São Paulo e o sítio Santa Bárbara.

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— Eu aceito até que quebrem o meu sigilo bancário, telefônico. Se for esse o preço, que seja. Mas, quando isso acabar, quero que me deem um apartamento e uma chácara — comentou.

Em seu discurso, Lula ainda disse que, apesar das divergências entre o PT e o governo da presidente da República, Dilma Rousseff, o partido está ao lado dela.

— Queria fazer um apelo porque a companheira Dilma, sozinha, não terá força para resolver esse problema — salientou Lula, numa referência à crise. — Dilma precisa de nós para sobreviver aos ataques que está sofrendo. Não pode, num momento de crise, virar as costas e falar que o problema não é meu. Esse governo é nosso e temos de ter responsabilidade de ajudar, de discutir saídas.

Lula mencionou ainda que está à frente de um exército de milhares de soldados para defender o mandato de Dilma.

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* Zero Hora com agências