Nas cadeiras vermelhas da Arena Pernambuco, quase colados ao gramado, um grupo de uruguaios fez muito barulho durante toda a goleada de sua seleção por 8 a 0 sobre o Taiti. Não eram mais de 20 os torcedores da Celeste acomodados do lado esquerdo das cabines de TV.
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Se os olhos estavam firmes no time, os pensamentos já viviam com a Seleção Brasileira, o próximo adversário numa das semifinais da Copa das Confederações e um dos seus maiores rivais na história do futebol mundial.
– Não tenho medo, tenho prazer em ganhar do Brasil – disse Paulo Pereira, 41 anos, que curte rápidas férias no Nordeste.
Luís Rodrigues, 29, que vive em Montevidéu, também está em Recife de férias. Veio ao jogo com o pai e um amigo. Assistirá ao clássico sul-americano na Praia da Pipa, no litoral sul do Rio Grande do Norte, pela TV, não disse se com uma cerveja gelada na mão.
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– Sei que o Brasil é superior, joga na sua casa, ao lado da torcida, aquela coisa toda. Não creio que possa ganhar. O Brasil parece forte. Futebol, porém, não tem vencedor de véspera.
Daniel Corbo, 37 anos, sobrinho do ex-goleiro Valter Corbo, que atuou no Grêmio nos anos 1970, e torcedor do Peñarol está bem mais confiante. Nem tanto no futebol da sua seleção, mas na boa e velha garra uruguaia.
– O Uruguai tem muito sangue, sangue quente. Podemos estar mal em campo, mas não desistimos nunca. A coragem tem mais força que a sabedoria.
Enrolado em duas bandeiras, lima do seu time e outra da sua seleção, Daniel, que vive em Montevidéu, não arrisca placar. Mas é taxativo.
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– Só sei que podemos e vamos vencer.