Luiz Zini Pires: faltou bom futebol e sobrou chuva na noite de Neymar

Neymar não foi capaz de atrair mais de 22 mil torcedores ao Beira-Rio. Encontrou adversários fortes: o preço dos ingressos, entre R$ 120 e R$ 350, a chuva insistente, a má qualidade do adversário e às 22 horas de uma quarta-feira de junho.

Com gol de Firmino, Brasil vence Honduras no Beira-Rio

A Seleção ganhou, mas não agradou. Não convenceu. Bater Honduras por 1 a 0 em Porto Alegre não impressiona. Só alerta. A Copa América começa domingo, contra o Peru. A distância entre o futebol de Peru, adversário da estréia, e de Honduras não é muito grande.

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A torcida ainda vive a forte ressaca dos 7 a 1 do Mundial 2014. A gaúcha vaiou o time de Dunga no final, assim como a paulista no domingo passado depois da partida contra o México. Vaia porque desejava mais, queria mais empenho, intensidade, bom futebol, grandes jogadas e alguns gols para festejar.

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Quando nota só um gol em 90 minutos, como o do alagoano Roberto Firmino, pede mais. Quando não ganha, reclama. Não importa que a Seleção se guardou, tirou o pé algumas vezes, tocou a bola para os lados. Era só um amistoso, domingo tem jogo para valer.

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Foi difícil chegar ao final da partida. O torcedor da sala da TV, claro, mudou de canal. O do estádio, muitos deles, deixaram antes as cadeiras. Ouviram as vaias finais na área do estacionamento, pelo rádio do carro ou pelo radinho no interior do transporte coletivo.

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Neymar, o jogador mais aguardado, festejado, ímã da partida, disputou apenas os 45 minutos finais. Entrou em campo como estrela. Fez quase tudo, dribles, passes, jogadas de efeito, menos competir. Não era o Neymar do Barça, era o guri das peladas dos velhos tempos do litoral de São Paulo. Neymar passeou em campo. Brincou.

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O amistoso mostrou que a carência de jogadores no país é tremenda. Fabinho, David Luiz, Filipe Luis, com um carrinho criminoso tirou Garcia do jogo, Fernandinho, Casemiro e Robinho não mereciam ser lembrados pela Seleção. São jogadores comuns. Nem um grande centroavante, um 9 da estirpe de Romário e Ronaldo, e Brasil conseguiu produzir nos úlimos anos.

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A zaga com Thiago Silva e Miranda se fecha e se completa, Marquinho é boa opção para a lateral, Douglas Costa e Fred apareceram bem, assim como o oportunista Firmino. Willian e Philippe Coutinho são titulares.

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O Brasil não ingressa no Chile como favorito ao título. Chega depois de Argentina e Colômbia, sem esquecer os chilenos donos da casa. O torneio promete. Mas não haverá mais seleções limitadas como a de Honduras para ajudar a manter a invencibilidade brasileira.

Em vídeo, show de luzes no Beira-Rio:

Imagens: Jefferson Botega

Em vídeo, torcida canta o Hino Nacional no Beira-Rio:

Imagens: Jefferson Botega

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