O Figueirense tem um novo presidente do Conselho Deliberativo. Na noite da última segunda-feira, Júlio Gonçalves renunciou ao cargo, que agora é responsabilidade, por imposição estatutária, do vice-presidente Luiz Fernando Philippi. Ainda sem data definida, será convocada uma assembleia para eleger um novo vice-presidente.

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O novo presidente já tinha ocupado essa posição em 1999 e, desde outubro, estava interinamente na posição, já que Júlio Gonçalves tinha pedido licença. Philippi tem mandato até 2020 e, entre seus objetivos, está a alteração do estatuto do clube, permitindo uma maior participação da torcida nas eleições alvinegras.

A renúncia de Júlio Gonçalves é a conclusão de um processo de desgaste do dirigente, que articulou, intensamente, as transições das três últimas diretorias.

Diário Catarinense – Como o senhor encara esse desafio de assumir um cargo vital no clube?

Luiz Fernando Philippi – O Conselho Deliberativo tem uma função primordial dentro do clube: ele estabelece a política e as diretrizes a serem tomadas pelo Conselho Administrativo e Fiscal. O que o Figueirense mais precisa, nesse momento, é que haja uma união de todos os poderes para poder encarar a situação administrativa e financeira, que são complicadas. A parte financeira realmente é o nosso grande problema, mas o presidente do clube, Wilfredo Brillinger, está tomando algumas ações que eu acredito que, em um ou dois anos, as nossas contas estarão equilibradas.

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DC – O Figueirense vive um momento sem oposição atuante, é bom ou ruim que o clube esteja com este tipo de situação?

Philippi – Para o clube é muito bom que existam outros conselheiros para contestar os procedimentos e medidas tomados pela diretoria. Isso é salutar, claro, tudo dentro de um padrão aceitável, mas ajuda o clube a evoluir.

DC – E o que está sendo feito para renovar o Conselho Deliberativo?

Philippi – Eu também sou presidente da reforma do estatuto, e a nossa principal alteração é abrir a votação para a presidência e Conselho Deliberativo; são medidas fundamentais para modernizar o clube. Os cessionários que estejam contribuindo há mais de 10 anos no Figueirense vão ter direito a voto direto. Hoje temos 2,6 mil sócios nessa situação e, até 2014, quando acontece a próxima eleição, estima-se que serão aproximadamente 3,5 mil, um universo importante. Assim, o Conselho será formado por 110 pessoas, sendo 55 sócios remanescentes e outros 55 novos conselheiros eleitos por esses 3,5 mil cessionários do clube.