A atriz Luisa Arraes, aos 25 anos, vive momento profissional e tanto: dá vida à sua principal personagem na TV, a problemática Manu, de Segundo Sol, e está rodando o país com o espetáculo Grande Sertão: Veredas, ao lado do namorado, o também ator Caio Blat. Em entrevista à revista Glamour de outubro, a artista ainda falou sobre fama, namoro e militância social. Confira.
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O que a Manu, de Segundo Sol, trouxe para a sua vida?
Já tive algumas personagens fortes, mas este é o primeiro grande papel que faço em uma novela. É o trabalho que mais me desafia e me torna independente. Um empurrão! E sabe o que é muito legal? A troca que a gente tem com atores já consagrados. Isto é lindo na nossa profissão. A gente trabalha de igual para igual com pessoas muito mais ou menos experientes. Me sinto privilegiada.
Como você lida com a fama?
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Taí uma parte que me incomoda, viu? Sou discreta e gosto de me misturar, mas aprendi a lidar. Nunca vou deixar de caminhar e sair por aí porque sou atriz. E sei que tem uma flexibilidade. Há oito meses, isto não acontecia na minha vida. Agora, com a novela no ar, é muito intenso, mas sei que daqui um tempo vou deixar de ser reconhecida de novo. É preciso saber surfar na onda.
Mas namorar o ator Caio Blat faz o casal estar sempre na crista desta onda?
Brinco que ele é o primeiro famoso que namoro. Tem gente que sabe misturar bem a vida pessoal com os holofotes, mas eu não sou assim. Não gosto de expor meu lado família. Embora curta trabalhar com o Caio, não faço disto uma imagem. E o bom é que ele pensa igual, também é muito discreto.
Por outro lado, você é supermilitante nas redes sociais.
Fico tão feliz quando me falam isto, sabia? Acho sensacional pessoas com voz, como a Bruna (Linzmeyer, atriz). É importante não ficar calado e debater assuntos como a legalização do aborto ou política. A gente vive num país muito louco e retrógrado, com violência, machismo, racismo, então se a gente não usar esses amplificadores para o lado positivo, só vai sobrar o negativo. Eu, inclusive, gostaria de ser muito mais ativa e militante.
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Quando se entendeu feminista?
Um dia, aos 14 anos, estava na escola e um amigo perguntou: “Tem Einstein, tem Michelangelo, mas quem foram as mulheres que mudaram o mundo?”. E eu não sabia o que falar. Aí vi que tinha alguma coisa muito errada. Esta geração está numa vibe linda. As mulheres passam por situações que podem acatar ou pesquisar e combater. Eu não acatei. Acho que feminismo é uma questão de sobrevivência.
