Da próxima vez que você presenciar o Moretty cantando “Daniel na Cova dos Leões” no Taberna, saiba que essa música da Legião Urbana estará provocando fortes emoções no cantor. Entre tantas canções tocadas pelo músico nesses 20 anos de andanças pela noite joinvilense, essa é a que mais o deixa feliz por ter seguido a carreira nos palcos.

Continua depois da publicidade

– Momentos como esse mostram que valeu a pena -, resume.

Foi no final da década de 1980, quando ainda frequentava as primeiras discotecas de Joinville, que Luis Moreti (“Moretty” é a versão artística do nome) optou pela carreira musical.

– Comecei com a dança, daí logo fui me interessar pelas melodias e comecei a comprar os LPs -, relembra.

A coleção de discos de vinil cresceu, passou de mil exemplares, e Moretty percebeu o talento para cantar.

Continua depois da publicidade

A primeira experiência com bandas aconteceu por volta de 1983, junto com a Antídotos. O projeto durou pouco tempo.

– Era uma banda de moleques, daí logo cada um seguiu para um lado”, conta.

Paralelamente aos estudos de técnica vocal, reuniu alguns amigos e criou a H20, que, ao lado da Atrito, gravou em 1989 um dos primeiros LPs genuinamente joinvilenses.

Com o final da H20, Moretty iniciou a célebre parceria com Serginho no início dos anos 90. Com o tempo, a dupla virou uma banda e, ironicamente, encontrou na morte de Renato Russo um bom filão para se destacar.

– Quando o Renato Russo morreu, houve uma adoração pela Legião Urbana, e diziam que minha voz era parecida com a dele -, aponta.

Continua depois da publicidade

Há alguns anos, Serginho foi embora para Barra Velha e Moretty, inquieto, começou seu novo projeto. Reencontrou o guitarrista Erivan Piazera, ex-H20, e fez novas parcerias com Isler Marcelo (bateria), Jean (teclado), Juninho Salves (baixo) e Marcos Paul (violão). Estava formada a nova banda, adepta do rock dos anos 70 e 80 e “do comecinho dos 90”, conta.

Aos 43 anos, o músico diz que hoje só toca na noite por hobby. Quando não está no palco do Taberna ou dando aula de técnica vocal, Moretty é o pai de Thaysa, 23 anos, e Thaynã, de 19, ambos influenciados pelo gosto musical do pai.

– Ela é metaleira, gosta de Black Sabbath. Já ele prefere o rock internacional da década de 80 -, aponta o pai.