O presidente do Santos, Luís Álvaro Ribeiro, deixou o jeito calmo e fala mansa habitual, para fazer duras críticas ao Grupo DIS, que agencia o meia Paulo Henrique Ganso. Muito irritado, o mandatário não poupou adjetivos para desqualificar os empresários do jogador e, ao ouvir que o camisa 10 do Peixe, “abraçava a ideia” de seu staff, disparou:

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– Se o Ganso abraça a ideia, que morram juntos abraçados – falou.

O motivo do nervosismo de Luís Álvaro, que está em férias em Barcelona, na Espanha, é mais um imbróglio envolvendo Ganso e a DIS. Às vésperas do Mundial de Clubes, o meia afirmou que havia vendido 10% de seus direitos econômicos ao grupo e disse estar chateado com a direção santista, que, segundo ele, não mostrou interesse em adquirir a parcela.

Porém, na chegada ao Brasil, o jogador recuou, disse ter apenas um “pré-acerto” e, na última quarta-feira, notificou o Santos da proposta feita pela empresa. O clube tem dez dias após ser comunicado oficialmente para decidir se cobrirá a oferta ou não.

Luís Álvaro diz não ter pressa e afirma que vai resolver a situação apenas na semana que vem, quando retorna ao Brasil. Ele também voltou a dizer que a renovação contratual do jogador, que tem vínculo com o Santos até 2015, será discutida no começo de 2012.

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– Imagine que o Santos vai, às vésperas de completar cem anos, abdicar de algum de seus direitos. Ganso tem o tempo dele e nós temos o nosso. Combinamos, eu e o Ganso, de conversarmos em janeiro – disse.

Atualmente, a divisão dos direitos de Ganso está da seguinte forma: 45% pertencem ao Santos, 45% à DIS e 10% ao jogador. Mesmo que a DIS compre os 10% e se torne detentora majoritária, o meia só pode deixar a Vila Belmiro caso o clube aceite ou a multa rescisória seja paga (R$ 59,4 milhões para o mercado nacional, R$ 102,8 milhões para o exterior).