Luigi Mangione foi acusado de assassinato em primeiro grau pelo homicídio fatal do CEO da UnitedHealthcare, uma acusação que o classificou como terrorista. “Este foi um assassinato assustador, bem planejado e direcionado, com o objetivo de causar choque, atenção e intimidação”, disse Alvin L. Bragg, promotor distrital de Manhattan, em uma coletiva de imprensa. A acusação foi homologada na terça-feira (17). As informações são do O Globo.

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O assassinato do CEO, no dia 4 de dezembro, em Manhattan, desencadeou uma busca incansável de vários dias e mexeu com os americanos, que aproveitaram a deixa para expressar frustrações em relação às empresas de seguros de saúde. Alguns internautas chegaram a apoiar o atirador e torceram para que ele escapasse da captura.

Na terça-feira (17), os promotores afirmaram que as ações de Mangione tinham o objetivo de promover o terrorismo e, portanto, mereciam a acusação de assassinato em primeiro grau. De acordo com os promotores, elas foram “destinadas a intimidar ou coagir uma população civil” e “afetar a conduta de uma unidade de governo por meio do assassinato”.

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Na Commom Law (sistema de direito dos Estados Unidos), alguns estados definem o assassinato em primeiro grau como homicídio premeditado, mas, em Nova York, há uma circunstância que exige o agravante adicional, uma das quais é o terrorismo. Outras incluem tortura e o assassinato de uma testemunha ou agente da lei.

Os promotores também acusam Mangione de assassinato de segundo grau em prol do terrorismo e de outro homicídio em segundo grau. Ele também enfrenta acusações de porte de armas. A advogada de Mangione, Karen Friedman Agnifilo, recusou-se a comentar as novas acusações na terça-feira.

O promotor distrital de Manhattan afirmou que as acusações foram feitas em resposta ao “tiroteio audacioso, direcionado e premeditado”, acrescentando que não conseguia pensar em outro escritório “mais preparado para lidar com uma acusação de terrorismo”.

Se condenado pelas acusações mais graves, Mangione poderá ser sentenciado à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

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Nesta quinta-feira (19), Mangione deve retornar a um tribunal na Pensilvânia para duas audiências, incluindo uma sobre acusações de porte de arma e falsificação, que enfrenta naquele estado, e outra sobre os esforços para extraditá-lo para Nova York.

*Sob supervisão de Luana Amorim

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