Minha cidade não é única no mundo. Mas pode ser uma das poucas onde um cidadão pode falar no dialeto Vêneto, dos seus antepassados italianos, e ser perfeitamente compreendido. O vizinho ainda pode responder em Hunsrück, que aprendeu com seus familiares que vieram do norte do Vale do Rio do Reno, na Alemanha.

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Isto resume porque Cunha Porã é tão rica. Ela não é grandiosa em recursos financeiros, mas é em valores humanos. É rica em cultura, tem os maiores valores nas pessoas que abriga. Quando um tornado causou grandes estragos na vizinha Guaraciaba, faltou transporte para levar até lá as pessoas que se apresentaram como voluntárias para auxiliar na reconstrução das casas e propriedades, ofertando gratuitamente dias de serviço a quem nunca haviam visto antes. Só por serem generosas.

Esta riqueza dos habitantes de Cunha Porã não pode ser medida por índices homologados pelas Nações Unidas, por IDH, por PIB, por outro qualquer. Só pode ser medido por quem vem para cá e participa de um jantar italiano, na Gruta, ou de uma mateada na praça, em qualquer evento do município, ou quem já participou de uma Kerbfest, em outubro. Ou de um dos quatro eventos do KolonieKerb. Só Cunha Porã tem apenas 11 mil habitantes e mantém 16 grupos corais. A cidade tem Casa da Cultura, museu, biblioteca e banda municipal. Mas, principalmente, tem gente boa.

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Frase do prefeito

– Terra de gente simples que não mede esforços na busca do bem – Jairo Ebeling.

Saiba mais

População: 10.671 habitantes

Localização: Oeste, a 90 km de Chapecó

Área: 220,29 quilômetros quadrados

Emancipação: 21/6/1958

Características: colonizada por alemães e italianos, cidade é destaque na produção de leite, milho, soja, trigo, suinocultura e avicultura

Pontos turísticos: Casa da Cultura Prefeito Paulo Ismael Pan, Cascata do Gato Preto, Gruta Nossa Senhora de Lourdes e mirante