O grupo do ramo de siderurgia Gerdau obteve no primeiro trimestre de 2009 lucro líquido de R$ 35 milhões, 96,8% a menos do que no mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira pela companhia. A queda nos ganhos foi atribuída pela empresa à crise mundial, pois seu desempenho ao longo dos primeiros três meses do ano “foi fortemente impactado pela redução da demanda mundial de aço”.
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“Em comparação com o quarto trimestre de 2008, as vendas físicas consolidadas, de 3,1 milhões de toneladas, apresentaram uma redução de 12,7%, e a produção de aço foi de 2,5 milhões de toneladas, 22,22% menor”, acrescentou a empresa em seu balanço.
A Gerdau assinalou que houve uma melhora nos mercados em março e, como consequência disso, terminou o trimestre com um faturamento de R$ 7,7 bilhões. “Conseguimos nos adequar rapidamente à nova realidade do mercado”, diz o diretor-presidente da empresa, André Gerdau Johannpeter, segundo o qual os custos totais de produção da companhia caíram 28% em comparação ao trimestre anterior.
Segundo a empresa, em suas unidades no Canadá e nos Estados Unidos, a produção da filial Gerdau Ameristeel cresceu 11,4%, chegando a 1 milhão de toneladas no trimestre, excluídos os aços especiais. No Brasil, excluindo-se também os aços especiais, a produção no trimestre foi de 879 mil toneladas, 41,3% a menos que no período anterior, devido, principalmente, a uma interrupção antecipada para manutenção do alto-forno da Gerdau Açominas.
No restante da América Latina, a produção foi de 316 mil toneladas, 41,1% a mais do que no quarto trimestre de 2008. Quanto aos aços especiais nas fábricas de Brasil, Espanha e EUA, a produção foi de 300 mil toneladas, o que representa queda de 50,5%. Apesar da crise, a empresa investiu US$ 242 milhões no período, sendo 57,9% da quantia apenas no Brasil.
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