O Santander Brasil registrou lucro líquido de R$ 1,407 bilhão no terceiro trimestre de 2013, valor 6,7% menor do que o do mesmo período de 2012, que alcançou R$ 1,509 bilhão. Esse balanço considera as despesas com amortização dos ágios. Em relação ao segundo trimestre, o lucro líquido recuou 0,2%.

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Os ativos totais do Santander encerraram setembro em R$ 465,408 bilhões, recuo de 0,6% em relação ao segundo trimestre. Em setembro, o patrimônio líquido da instituição totalizava R$ 53,457 bilhões, cifra 1,3% maior do que a registrada no segundo trimestre.

A carteira de crédito ampliada do banco espanhol totalizou R$ 272,790 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 2,3% ante os três meses imediatamente anteriores. O segmento de grandes empresas foi o que mais cresceu, com alta de 5,4%. O ramo de pessoa física veio em seguida com avanço de 2,1%. Em contrapartida, o banco reduziu em 3,3% a oferta de recursos para pequenas e médias empresas em setembro ante junho, e em 0,7% o financiamento ao consumo.

Desempenho global da instituição cresce

Já o resultado global anunciado pela matriz do Santander, também hoje, na Espanha, foi mais robusto. Principal banco da Eurozona por capitalização, o banco registrou lucro líquido de 1,055 bilhão de euros no terceiro trimestre, quase nove vezes mais que o registrado há um ano, quando realizou fortes provisões.

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Diante de uma economia europeia e espanhola em tímida reativação, o banco se concentra nas economias emergentes, principalmente na América Latina e na Polônia, onde obteve 55% de seu lucro entre janeiro e setembro.

A América Latina fornece 49% dos lucros do Grupo (Brasil 24%, México 11% e Chile 6%). A filial brasileira respondeu por 24% do resultado global do Santander, mantendo o posto de mais lucrativa. Grã-Bretanha veio em seguida, com 15%.

Um ano antes, o Santander precisou sacrificar seu lucro, que havia caído a 122 milhões de euros, ao realizar 1,14 bilhão em provisões sob a pressão das autoridades espanholas, que obrigaram o conjunto do setor a se proteger de seus problemáticos ativos imobiliários, de valor incerto após a explosão da bolha em 2008.

Uma tarefa que agora parece finalizada: “após vários anos de fortes saneamentos e fortalecimento do capital, o Banco Santander está preparado para um novo cenário de melhora da rentabilidade”, afirmou em um comunicado o presidente da entidade, Emilio Botín.

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