Encontro casual com o empresário Luciano Hang, o dono da Havan, em julho de 2012, na Casa da Lagosta, em Balneário Camboriú. Tinha, então, 45 lojas. Estava para completar 50 anos de idade. Anunciou meta sonhadora: 50 lojas até dezembro. Fechou dentro da meta.
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No ano seguinte, instalou o mais moderno centro de distribuição do Sul do Brasil, em Barra Velha. Está hoje todo informatizado. Trabalha com 100 mil itens nos produtos de suas 94 lojas. Pretendia chegar a 100 unidades este ano, mas teve de enfrentar a crise. A meta ficou para 2017, com novas inaugurações no Paraná, São Paulo e Rondônia.
Visionário e sempre atento, realiza-se na alegria dos clientes saindo abarrotados de produtos de suas lojas. Clientes que pretende transformar em fãs, pela busca da identidade. Inovador, aprecia desafios em lances de marketing, como a campanha inédita que está lançando, intitulada “De quem é a Havan?”. Veicula “teaser” com depoimentos de clientes de várias cidades de que a empresa seria dos filhos de Lula e Dilma, de chineses, americanos ou coreanos. “Sou o único dono”, garante. Aproveita a especulação para assumir pessoalmente campanha nacional do “Natal inesquecível”, em que divulgará promoções inéditas do comércio varejista.
Admite que a crise econômica é a pior da história. Mas não se deixa abater. Centralizou todas as decisões de controle de custos, cortou despesas, reduziu o quadro de pessoal, mudou os processos e enxugou tudo. Resultado: a Havan deve repetir o faturamento de 2015 com R$ 4 bilhões, mas com aumento de produtividade em 28%.
Queixa-se, enfaticamente, da burocracia que entrava os negócios, impede novos investimentos e trava a economia.
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Segredos do sucesso: está sempre bem humorado, procura ouvir os empregados, conversa com os clientes, trabalha como um louco e está sempre inovando. No comércio lojista é considerado um fenômeno.
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