É mesmo de enlouquecer esse negócio de amor. O sentimento é capaz de fazer os amantes saírem da rotina e protagonizarem loucuras, o que não significa estar errado. Três “loucos de amor” contaram ao Donna DC o que já aprontaram. Confira as histórias abaixo:
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Você já fez alguma loucura por amor?
Clique aqui e confira o vídeo do making of da produção da capa da revista Donna DC
Romântico à moda antiga
Elli Frech, 49 anos, foi arrebatadora. O professor de informática bateu os olhos nela e não quis mais saber de outra pessoa naquele baile de formatura. Dançaram a noite toda. No dia seguinte, ele ligou para ela.
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O encontro foi em 6 de dezembro de 1997, em Blumenau – cidade onde moram até hoje. Faz 13 anos e Elli continua irresistível. Por causa do seis do primeiro dia, José Paulo Castro de Souza, 48 anos, manda sempre nesta data uma rosa para a amada. No cartão: Feliz dia seis.
José já fez mais. Guarda em casa as duas faixas, com a frase “Eu te Amo”, que estampou na rua para demonstrar o amor.
– Na primeira, levei ela para jantar em comemoração ao seu aniversário. Na madrugada, um amigo colocou a faixa na rua. Na segunda, eu estava junto. Fui buscá-la no aeroporto e, quando chegamos ao prédio, eu fui na frente, acendi a luz do hall e lá estava a faixa – conta.
Marcada pela descoberta do amor
Era um retiro espiritual. Jane e Daniele (nomes fictícios para não identificar as entrevistadas) são do grupo de jovens da Igreja Católica. Jane tem 19 e Daniele, 20. O namorado de Daniele, três anos com ela, estava lá. O de Jane, de seis meses, não.
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Daniele tomou a dianteira. Se aproximou de Jane. No dia seguinte, convidou-a para ser amiga no Orkut e depois no MSN. O retiro foi num final de semana de junho de 2010. Seguiram-se cinco madrugadas de papo na internet.
A vontade de estar com Daniele tomou conta de Jane. Daniele correspondia. Jane guarda no celular 382 mensagens dela. Mas havia algo de contraditório nas atitudes de Daniele, um “quê” de sorrateiro, safado mesmo. Em uma mensagem, escreveu que gostava de provocar e tolo era quem caía. Numa tarde de cervejas a mais, falou que jamais largaria o namorado pela aventura.
Doeu demais ouvir aquilo. Cega de amor, Jane sentia-se doente e sumiu. Não ligou, não foi ao encontro da igreja na semana seguinte, não respondeu mensagens.
A negativa durou uma semana até ela mesma procurar seu amor. O tempo serviu a Daniele como a explicação para um basta. Jane ficou perdida.
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– Achava que já tinha sentido amor. Mas não. Num ato de loucura, fiz o que abominava. Tatuei o nome dela. Só faz isso quem ama de verdade.
Jane sequer pensou que os pais poderiam descobrir. Seria expulsa de casa. Família, religião, desilusão amorosa, hétero, homo ou bi? A jovem está sozinha, num conflito do tamanho do mundo. Incrivelmente, faz-se serena. Talvez pela fé incondicional em Deus.
Daniele ficou sem reação ao ver a tatuagem. Chamou Jane de louca. Depois mandou uma mensagem: gostei. As duas voltaram a se encontrar.
Cabelos negros e olhos expressivos
Para a geração Y (acostumada com internet), a atitude pode parecer banal. Mas para uma mulher de 46 anos, recém-saída de um casamento tradicional, rastrear um homem pela internet foi uma ousadia.
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A agente de Polícia Civil de Florianópolis Dilma Pereira Duarte só tinha visto Marcelo (nome fictício) uma única vez. Pensou: um rapaz assim tão moderno, de cabelos moicanos, e jovem. Não tem nada a ver comigo.
A recíproca não era verdadeira. Alguma coisa naquele mulherão mexeu com Marcelo. Ao final da balada – a primeira de Dilma após 16 anos de casamento e um casal de filhos em casa -, o rapaz tascou-lhe um beijo.
Assustada feito uma adolescente, Dilma foi embora sem falar nem tchau. Mas ficou num frenesi. Dias se passaram e ele não saía de sua cabeça.
Só o primeiro nome, a cidade de origem (Joinville) e que ele era funcionário público federal. Era isso que Dilma sabia dele.
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Então… Direto ao acolhedor Google. Dois dias de pesquisa e bingo! O telefone geral do prédio onde Marcelo deve trabalhar.
Após perguntar para duas atendentes se conheciam “um homem de cabelos negros e olhos expressivos”, Dilma chegou ao assessor do rapaz.
– Desculpe. Mas eu já disse que não posso passar a ligação sem adiantar o assunto (resposta do assessor já no final da conversa).
– Anota meu telefone. Diz que é a Dilma.
Demorou um mês. Mas ele ligou. O encontro começou na tarde de um sábado e acelerou pela madrugada. Um único dia de amor, vivido em abril do ano passado. Dilma não se importa. Não queria casar com Marcelo. Rastreá-lo valeu por si só:
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– Foi um obstáculo ultrapassado. Depois disso, comecei a pensar que posso mais, que ousar faz bem. Eu recomendo!
A reportagem completa você confere na edição de domingo do DC.