O atendimento a gestantes de alto risco está comprometido na rede pública de saúde em Blumenau. Conforme nota divulgada pela assessoria de comunicação do Hospital Santo Antônio (HSA), a unidade está com a UTI neonatal e pediátrica lotada e, portanto, não tem condições de receber novos pacientes. A gestão do hospital alega que foram feitos 22 nascimentos prematuros entre o dia 1º e 16 deste mês, número atípico e que resultou na situação pontual.

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Um ofício comunicando a situação foi encaminhado pelo HSA à Secretaria Municipal de Saúde de Blumenau, à 15ª Promotoria de Justiça de Blumenau, à coordenação do Samu e ao Corpo de Bombeiros da cidade. De acordo com o hospital, a situação só será normalizada quando leitos forem liberados, porém não há previsão para que o problema seja resolvido.

Hoje, caso uma grávida chegue ao Hospital Santo Antônio, a unidade precisará entrar em contato com a Central de Regulação de Internações Hospitalares (Crivale), órgão responsável por encontrar um leito na região que esteja à disposição. A transferência dessa gestante será feita pelo governo do Estado.

O Corpo de Bombeiros diz ter sido notificado sobre a situação do hospital na quinta-feira de manhã, através do ofício. Segundo o Sargento Schmitt, a orientação caso alguma ocorrência envolvendo grávidas em risco seja registrada é passar as informações ao Samu. À reportagem da NSC TV, o Samu informou que o médico regulador do órgão irá continuar indicando o HSA como destino das pacientes, para atendimento inicial.

No HSA, confirmando a necessidade de UTI neonatal, a central de regulação de leitos do Estado deve indicar outra instituição com vaga de UTI neonatal disponível para receber a paciente. Na região, as opções mais próximas com suporte para gestações de alto risco são hospitais de Rio do Sul, Jaraguá do Sul, Itajaí e Joinville.

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Preocupação entre pacientes

Jéssica Cristina da Silva, de 23 anos, esteve no HSA na tarde desta sexta-feira. Ela tem uma gestação delicada em decorrência de problemas com plaquetas e o que ouviu da médica foi que deve fazer o máximo de repouso. A recomendação é necessária para que ela não tenha um parto prematuro e sua filha venha a precisar de internação na UTI neonatal.

A jovem acreditava estar grávida de sete meses, mas hoje a médica comentou sobre a possibilidade de a gestação estar mais avançada. Ela saiu do hospital com uma solicitação de ultrassom para o mais breve possível com o objetivo de verificar o crescimento do bebê e o líquido amniótico.

– Estou preocupada porque se meu bebê nascer agora pode precisar da UTI e a situação do hospital está bem complicada – afirma Jéssica, que já sabia que a UTI da unidade estava lotada desde o mês passado, quando foi internada por complicações na gestação.

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