O esquerdista Andrés Manuel López Obrador disse nesta quinta-feira (17) que se ganhar a Presidência do México não promoverá reformas constitucionais nos primeiros três anos do mandato de seis anos, embora busque mudanças para que o presidente possa ser eventualmente julgado.
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“Não queremos começar com reformas, com o marco legal atual poderíamos iniciar as mudanças”, declarou o candidato de 64 anos em um encontro com a Confederação Patronal da República Mexicana (Coparmex), um importante sindicato empresarial local.
“Vamos deixar as reformas para a metade do mandato”, acrescentou López Obrador, que lidera a maioria das pesquisas com uma boa vantagem sobre o segundo colocado, o conservador Ricardo Anaya.
O candidato não detalhou que mudanças constitucionais buscará, embora tenha criticado a reforma energética, que abriu o setor ao investimento privado após mais de 70 anos de controle estatal, e a educacional, que implementou avaliações aos professores e gerou rechaço de sindicatos.
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A Constituição mexicana concede foro privilegiado ao presidente e a todo funcionário eleito enquanto está em função, embora deputados tenham aprovado a sua eliminação em abril, uma iniciativa que deve ser ratificada pelo Senado e ao menos por 16 congressos estaduais.
López Obrador se comprometeu a não criar novos impostos e reiterou que os recursos para os projetos durante o seu mandato sairão de economias do governo em gasto corrente e do combate à corrupção.
* AFP