Três lontras idênticas chamam a atenção de quem visita o Projeto Lontras, no Pântano do Sul, em Florianópolis. Os animais, dois machos e uma fêmea, nasceram no dia 27 de agosto, sendo esta a segunda vez que trigêmeos nascem no local.
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A lontra é um animal mamífero, predador carnívoro e desempenha o mesmo papel ecológico da onça, mas na água. Os bichos costumam ser mais ativos durante a noite e são poucos observados no ambiente selvagem. Segundo o projeto, a falta de conhecimento e ignorância são as maiores ameaças à espécie.
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— Nesse momento, eles estão aprendendo a nadar ainda. Eles estão sendo amamentados, não comem peixe. Daqui a duas ou três semanas, a mãe começa a trazer o peixe e começa a ensinar o filhote a como comer. Vai muito do filhote, se ele tem interesse de comer o peixe, mas geralmente eles preferem o leite — explica Marcelo Augusto dos Anjos, tratador no Projeto Lontra, sobre as lontras trigêmeas.
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Com quase três meses de vida, os trigêmeos continuam sob os cuidados da mãe até os 10 meses. Nesse período, eles precisam de privacidade e não fazem contato com os visitantes.
— Isso vem do hábito da espécie. A lontra é um animal solitário, tanto aqui no projeto quanto na natureza. Depois de oito a 10 meses, às vezes um pouco mais, a mãe se separa dos filhotes e cada um segue o seu destino sozinho — diz.
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Atualmente, o projeto cuida de sete lontras, todas da espécie neotropical, encontrada no bioma mata atlântica. Marcelo Tosatti, gerente da base de pesquisas do Projeto Lontras, explica que a espécie não é ameaçada de extinção, mas é considerada vulnerável.
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— Os fatores principais são a diminuição de habitat, alimentação – os recursos hídricos não oferecem mais uma alimentação aos animais – a diminuição de peixes. E principalmente a diminuição dos corredores ecológicos — diz Tossati.
As visitas na sede do Pântano do Sul ajudam a manter o projeto Lontra. No verão, cerca de 150 visitantes passam pelo local todos os dias e conhecem um pouco mais sobre a importância de preservar a espécie.
— A lontra é um animal muito difícil de se ver na natureza e a gente dá a oportunidade de ver dentro do projeto. Só consegue preservar e conservar o que tu conhece. Então é muito bom a gente ter esse contato para a gente preservar a lontra e o habitar no qual ela vive — pontua.
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