O primeiro-ministro britânico, David Cameron, elevou, nesta sexta-feira, o grau de ameaça terrorista de “substancial” a “severo”. Isso significa que a realização de atentados em território britânico é altamente provável. É a primeira vez desde julho de 2011 que o risco chega ao nível “severo”, a segunda posição de uma escala de cinco graus.
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Em uma coletiva de imprensa em sua residência de Downing Street, Cameron afirmou que o Estado Islâmico é a maior ameaça já enfrentada pelo Reino Unido. Ele anunciou o endurecimento das leis antiterroristas em um projeto que será informado ao Parlamento na segunda-feira.
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– A brutalidade do Estado Islâmico na Síria e no Iraque é uma ameaça direta ao Reino Unido. Poderíamos acabar enfrentando um Estado terrorista na margem do Mediterrâneo e fronteiriço com um membro da Otan (Turquia) – advertiu.
Segundo o primeiro-ministro, a decapitação do jornalista americano James Foley pelas mãos de um jihadista de sotaque inglês “é uma prova clara” de que esse não é um problema distante, que se pode ignorar.
– Estamos no meio de uma luta geracional contra uma ideologia venenosa e extremista que pode se estender por décadas – considerou.
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A ministra do Interior, Theresa May, esclareceu que não tem nenhuma informação sobre algum atentado terrorista iminente, mas justificou a decisão da mudança de grau de ameaça para “severo” pelos acontecimentos na Síria e no Iraque, onde, segundo ela, grupos terroristas estão planejando atentados no Ocidente.
EUA não pretendem aumentar o alerta
Os Estados Unidos, por sua vez, informaram que não têm planos para aumentar seu nível de alerta.
– Não antecipo neste momento que exista um plano para mudar este nível – disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, quando foi perguntado se Washington planejava emitir um alerta similar sobre a ameaça de eventuais operações do EI.
Nos Estados Unidos, os alertas contra ameaças terroristas são emitidos caso a caso pelo departamento de Segurança Interior e não há alertas em vigor. Earnest afirmou que funcionários de alto escalão da segurança nacional americana estão em contato direto com seus colegas britânicos para tratar do tema.
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Nas últimas semanas, autoridades da segurança nacional colocaram em prática novas medidas de proteção no setor da aviação americano e em outras áreas para enfrentar eventuais ameaças, disse Johnson.
– Algumas destas medidas de segurança serão visíveis e outras compreensivelmente não o serão – acrescentou.
*AFP