Uma lombada eletrônica está sendo instalada na BR-470, em Gaspar, no trecho em que três pessoas morreram atropeladas no ano passado. A mudança acontece oito meses depois do acidente, quando as súplicas da comunidade por uma passarela no local se intensificaram.
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À época, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) prometeu instalar um redutor de velocidade, já que não havia previsão da construção de uma travessia.
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A estrutura ficará no Km 33, na pista para quem segue em sentido a Blumenau, próximo à Rua Albertina Maba. Nessa via do bairro Margem Esquerda moravam Vera de Souza Melo, 44 anos, Cleonice Brizola, 52, e Waldemir Melo, 51. No dia 8 de novembro eles foram atropelados ao tentar atravessar a rodovia a pé em uma ida ao mercado.
Para muitos que moram na região, a tragédia era anunciada. A comunidade pede por uma passarela desde 2015.
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Com a repercussão do caso e novas manifestações de moradores ainda em novembro, o DNIT anunciou que a BR-470 em Gaspar teria pintura e placas alertando para a necessidade de redução de velocidade, além de radar. A sinalização foi feita ainda naquele mês. Os radares, porém, ficaram para depois.
Já a passarela, que não estava no projeto de duplicação, ficou como assunto “em estudo”.
Lombada eletrônica na BR-470
A lombada ficará em apenas um dos lados da BR em Gaspar. As pistas em sentido ao litoral, por ora, seguem sem o controle. O limite é de 60 km/hora nesse trecho. O equipamento deve começar a funcionar até o final de julho.
Relembre a história
Para os moradores da Margem Esquerda, o atropelamento em novembro do ano passado era uma tragédia anunciada porque, por ser uma área residencial, é comum ver crianças e adultos percorrendo a rodovia a pé para chegar ao outro lado, que abriga comércio e escola.
O pedido por uma passarela é constante. Uma audiência pública em 2015 oficializou a reivindicação, conforme registros na Câmara de Vereadores. No documento, a passagem para pedestres foi solicitada sobre cinco pontos da BR-470, entre os Kms 34 e 40. Um deles bem diante da Rua Albertina Maba, onde moravam os três.
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Em 2020, um abaixo-assinado reforçou a necessidade de uma nova audiência pública, desta vez com a presença do DNIT. O encontro chegou a ser marcado, mas teve de ser cancelado com a chegada da pandemia do coronavírus.
À época, a principal demanda era a travessia perto da Rua Albertina Maba. O DNIT reconheceu a necessidade em um documento assinado pela equipe de engenharia e uma visita foi feita pelos representantes da instituição, surgindo a expectativa de que a demanda sairia do papel. Mas isso não aconteceu.