Lojistas e moradores farão um protesto às 11h desta sexta-feira no bairro Estreito, na parte Continental de Florianópolis, para chamar a atenção com arrombamentos e furtos a estabelecimentos comerciais na região.
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A manifestação será na esquina das ruas Liberato Bittencourt com a Olavo Bilac e poderá interromper o trânsito.
A reclamação principal é a ação de criminosos de madrugada, que estão arrombando as lojas e cometendo furtos. Segundo os comerciantes, o bando age utilizando veículos e colide contra a fachada em marcha-ré para as invasões.
— Temos relatos de furtos, assaltos, de senhoras que têm a bolsa arrancada por motociclistas. Queremos um plano efetivo de estruturação da Polícia Militar, de Florianópolis e do Estreito — declara o empresário Maurício Socas Doin Vieira, 50 anos, vice-presidente do Conselho de Segurança (Conseg) do Estreito.
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Um dos organizadores do protesto e presidente da Associação Amigos do Estreito, Édio Fernandes, afirma que o prejuízo dos comerciantes tem sido constante com a ação da gangue da marcha-ré. Ele reivindica mais rondas da Polícia Militar.
— Os lojistas vão fechar as lojas por 20 minutos. A nossa ideia é chamar a atenção para o problema parando o trânsito com a manifestação — ressalta Édio.
“Patamar controlado”
A Comunicação Social da Polícia Militar afirmou que o comando do 22º Batalhão, que atende a região, reconhece incidência de furtos e não de roubos no Estreito, mas garante que a situação apresenta um patamar controlado e não crescente.
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— O comando do batalhão local tem um contato com a CDL no sentido de dar assistência aos casos e minimizar a incidência dos crimes. É preciso fazer um parênteses que muitos desses autores dos crimes são pessoas que já foram presas pela PM e estão novamente nas ruas — analisa o major Aires Pilonetto, da Comunicação da PM.
Delegacias sofrem alteração
Na Polícia Civil, uma medida administrativa para as delegacias do Continente (3ª DP em Capoeiras e 4ª DP em Coqueiros) é a aposta da Diretoria da Grande Florianópolis para melhorar o atendimento à população.
Parte da circunscrição do Estreito que até então pertencia à 3ª DP foi direcionada para à 4ª DP. O diretor da Polícia Civil na Grande Florianópolis, delegado Juarez de Souza Medeiros, diz que a alteração trará maior equilíbrio na quantidade de pessoas atendidas para cada unidade policial.
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— A 4ª DP em Coqueiros, que não foi fechada, teve um acréscimo na abrangência de habitantes e passa a atender parte do Estreito. É importante ressaltar que ela recebeu policiais. Acredito que a situação vai melhorar, pois as duas delegacias estão atuantes e com investigação, apesar de poucos policiais — diz o diretor, admitindo a dificuldade de efetivo.
O delegado orienta a população vítima de crimes para que registre boletim de ocorrência a fim de ajudar na tomada de medidas e garante que não há onda de violência no Estreito.